Design adaptado do origami miura-ori: avaliação do comportamento de fixação e aplicabilidade no design de moda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Jéssica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234633
Resumo: Da arte tradicional japonesa para um objeto de estudo científico, o soft origami tem ganhado espaço dentro de muitas áreas de conhecimento, inclusive no design, devido suas características de adaptação a diferentes materiais planos e leves. Buscando soluções através do “design adaptado do origami” para o design de moda, a presente pesquisa analisou o padrão de dobras no têxtil, mais precisamente, o padrão Miura-Ori, através da técnica conhecida por “molde sanduíche” com cozimento, a qual consiste em colocar o tecido entre dois moldes de papel, macho e fêmea, para posterior cozimento, tendo como resultado a modificação física da fibra do decido. O objetivo do presente estudo foi verificar o comportamento de fixação e aplicabilidade dos sistemas de dobras, em diferentes superfícies têxteis e diferentes tempos de cozimento. Para o experimento, foram utilizadas 9 amostras de tecido 100% Algodão, 9 amostras de tecido 100% Poliéster e 9 amostras de tecido 97% Poliéster com 3% Elastano, todos com medida de 240x160 mm. Cada grupo de nove amostras foram separadas em outros 3 grupos, sendo submetidas a três tempos de cozimentos diferentes, 30 segundos, sendo 15’ de um lado da amostra e 15’ do outro; 60 segundos, sendo 30’ de um lado da amostra e 30’ do outro; e 90 segundos, 45’ de um lado e 45’ do outro, utilizando a temperatura média do ferro de passar para submeter as amostras ao cozimento. Todas amostras, passaram por um processo de teste de tração e compressão, a fim de mensurar a força que cada amostra necessitava para sair de sua posição natural (tração) e voltar para ela (compressão), verificando sua memória de forma. Como resultados, pode ser observado que os dois grupos que tinha porcentagem de poliéster em sua composição demonstraram melhor desempenho de memória de forma, obtendo melhor fixação e aplicabilidade do padrão de dobras no tecido; por outro lado, as amostras com 100% algodão, se demonstram mais rígidas, necessitando de mais força durante os processos, resultando em uma baixa memória de forma. A aplicação em protótipo, reitera os resultados obtidos com testes mecânicos (tração e compressão); confirmando que além de corroborar com uma efetiva contribuição para a modelagem e o Design de Moda, também pode proporcionar melhorias na vestibilidade e adaptabilidade do vestuário aos corpos dos usuários.