Influência da estrutura da paisagem, do histórico de perturbação, da qualidade da vegetação e de variáveis ambientais sobre a ocorrência dos sauás na Mata Atlântica, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Aron Silvarolli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252921
Resumo: As atividades humanas estão entre as principais ameaças à biodiversidade, especialmente para espécies arborícolas especializadas em florestas, como os sauás (família Pitheciidae). Estudos recentes demonstraram que a perda de habitat devido à fragmentação florestal e a baixa qualidade da vegetação influenciam negativamente a ocorrência de espécies. Porém, a maior parte desses estudos testaram os efeitos dos fatores que afetam a ocorrência das espécies separadamente. Sendo assim, como um avanço no conhecimento, testamos, isoladamente e conjuntamente, a influência da estrutura da paisagem, qualidade da vegetação, histórico de perturbação e de fatores ambientais na ocorrência de sauás (Callicebus nigrifrons). O estudo foi realizado no Corredor Cantareira-Mantiqueira da Mata Atlântica. Pesquisamos a ocorrência dos sauás em 72 sítios utilizando a metodologia de playback. Para aferir o efeito das métricas sobre a ocorrência dos sauás, ranqueamos nossos modelos pelo poder de explicação, e encontramos que a cobertura florestal (250m) em conjunto com a altitude, compôs o melhor modelo para explicar a presença dos animais nos fragmentos. As variáveis de conectividade funcional e do Índice de Integridade da Paisagem Florestal (FLII) tiveram importância secundária. A variável do histórico de perturbação pelo fogo (utilizando a área média queimada nos últimos 20 anos em um raio de 500m), parece não ter importância para predizer a ocorrência dos sauás. Nossos resultados mostram que remanescentes florestais em grandes altitudes são importantes para a conservação dos sauás, além de corroborar outros estudos do gênero que relacionam a cobertura florestal à maior presença de primatas. O nosso trabalho tem o potencial de ajudar na conservação da espécie Callicebus nigrifrons, que está classificada como Quase Ameaçada na Lista Vermelha da IUCN.