Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Udemario Maia
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Orientador(a): |
Santos, Marcos Roberto Rossi dos |
Banca de defesa: |
Santos, Marcos Roberto Rossi dos,
Japyassu, Hilton Ferreira,
Souza-Alves, João Pedro |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36410
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Resumo: |
O Brasil possui o maior número de espécies de primatas não humanos do planeta. No entanto, quando confrontados o número total dessas espécies com o número de primatas classificados em alguma categoria de ameaça, quase um terço desses mamíferos encontrados no país, correm o risco de desaparecer. O guigó-de-Coimbra-Filho (Callicebus coimbrai) foi descrito por Kobayashi e Langguth em 1999 e consta na categoria “Em perigo” de extinção nas listas da IUCN e do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade. Alguns grupos de guigós podem ser encontrados na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Bahia, dentro dos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes-Ipitanga, entre os municípios de Simões Filho e Candeias, ocupando fragmentos de floresta do Bioma Mata Atlântica. As pressões de urbanização exercidas sobre esses fragmentos florestais e a crescente perda da cobertura florestal contribuem para o risco de extinção dessa espécie. O objetivo deste estudo foi estudar a localização, de C. coimbrai no entorno da Represa Joanes II, e como a cobertura florestal dos fragmentos ocupados pelos guigós foi impactada pela ocupação humana desde o ano de criação dessa Unidade de Conservação e o ano de 2017 através de dados de imagens de satélite disponibilizados pelo MAPBiomas e observações in loco. Os dados foram coletados através de expedições a campo no período de 2013 a 2018, em oito fragmentos de Mata Atlântica onde habitam grupos de guigós, utilizando-se da técnica de playback para atrair esses indivíduos. Um dos grupos detectados no estudo ocupa um fragmento com uma área de menos de 12 hectares. O fato desses primatas, acompanhados por quase seis anos nesse fragmento, ter permanecido habitando-o, mesmo com o tamanho reduzido da área de vida e as ameaças de caça, demonstra a persistência da espécie aos impactos antropogênicos. A área pesquisada possui aglomerados urbanos consolidados e uma parcela dessa população humana depende desse local para moradia e plantio agrícola de subsistência. Diminuir o impacto dessas populações humanas sobre a biodiversidade local exigirá um diálogo entre essas comunidades, a academia e gestores ambientais, para que se possa chegar a uma solução que preserve o meio ambiente e propicie uma convivência harmoniosa entre esses autores. |