Juventude excluída e políticas públicas: um olhar a partir de estudantes de ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cecarelli, Michele Cristina Pedroso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214509
Resumo: Esse estudo buscou ampliar a discussão sobre as políticas públicas que são direcionadas à população jovem do país, onde foi possível evidenciar que estes não conseguem ou conseguem, de forma precária, ter acesso aos programas que possam viabilizá-las. Esse trabalho teve como objetivo compreender o alcance das políticas públicas na população jovem residente na periferia e investigar as estratégias, às quais estes recorrem para enfrentar as situações de exclusão em que vivem; para tal, foram aplicados questionários e realizados grupos focais com jovens de ensino médio residentes na periferia. Os jovens participantes da pesquisa relatam receber pouco ou nenhum apoio para os problemas que enfrentam em seu cotidiano e acabam por depositar suas expectativas relacionadas ao futuro em uma escola de baixa qualidade, em uma qualificação profissional precária e ao ingresso precoce no mundo do trabalho, independente das condições disponíveis. A maioria dos programas que os jovens conseguem ter acesso estão relacionados a uma formação para o mundo do trabalho, porém essa não consegue corresponder às expectativas destes que não querem apenas ser institucionalizados, confinados, padronizados e segregados e que somente conseguem ter acesso aos programas precários. A juventude participante desta pesquisa se caracteriza por sujeitos com muitas expectativas, poucas realizações, mas sobretudo como indivíduos que cotidianamente vivenciam diversas dificuldades relacionadas às questões sociais. Estes deveriam ser o foco dos programas que viabilizam políticas públicas direcionadas à juventude e que têm como incumbência a primazia na elaboração e garantia dos direitos dessa população, assim como está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e no Estatuto da Juventude (2013). Defendemos nessa pesquisa que os jovens são sujeitos históricos, sociais e culturais que são portadores de direitos, independente da classe social, gênero ou raça. Porém, quando falamos dos jovens residentes na periferia, a realidade que vivenciam é distinta.