Ritos geográficos docentes: ser e tornar-se professor(a) de Geografia na Educação de Jovens e Adultos – EJA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maia, Humberto Cordeiro Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234731
Resumo: A formação de professores para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido alvo de discussões nas mais diversas instâncias. Por isso, considera-se de suma importância compreender como esse processo tem se efetivado no contexto educacional, especificamente na formação de professores de Geografia para essa modalidade de ensino, e como se dá a construção dos ritos geográficos docentes na atuação desses profissionais. Resultado de inquietações pessoais e profissionais perenemente vivenciadas pelo pesquisador, além de ser também uma extensão da investigação realizada no Mestrado, quando, além de outras questões, os ritos docentes foram identificados no processo de tornar-se professor da EJA e em seus desdobramentos na prática pedagógica em Geografia, neste estudo, parte-se da seguinte questão norteadora: como são construídos os ritos geográficos docentes e qual sua relação com a formação inicial e a atuação de professores de Geografia para e na EJA? Para responder a essa problemática, a partir do objetivo geral, busca-se compreender como se dá a construção dos ritos geográficos docentes no contexto da formação e atuação de professores de Geografia para e na EJA. Quanto ao aporte teórico-conceitual dos ritos geográficos docentes, alguns conceitos e noções são essenciais a este estudo, como o entrecruzamento dos ritos de passagens e da epistemologia da prática com os saberes docentes e o contexto geográfico, que indicam como os lugares constituem os enredos das histórias de vida. No que concerne ao desenho metodológico, toma-se como base a abordagem qualitativa, ancorada nos pressupostos teórico-metodológicos da pesquisa (auto)biográfica e da pesquisa-formação, através dos seguintes dispositivos: a) pesquisa bibliográfica; b) pesquisa documental; c) memorial de formação; d) entrevista narrativa. Organizados em oito capítulos, sendo o primeiro e o último deles, respectivamente, as considerações iniciais e finais, os processos que envolvem a investigação e a construção da tese contemplam (i) o memorial de formação do pesquisador, (ii) o percurso metodológico da pesquisa e o aporte teórico-conceitual sobre os ritos geográficos docentes, (iii) as reflexões sobre a cultura escolar na dimensão da EJA e da educação geográfica, do lugar e do território epistemológico da EJA em cursos de Licenciatura em Geografia e (iv) a história de vida, formação e atuação de docentes licenciados em Geografia que trabalham com a referida modalidade, que se constituem ritos geográficos docentes. Como indicativos, constatou-se que a EJA está ausente ou ocupa pouco “lugar” nos cursos de Licenciatura em Geografia e que os(as) docentes assumem as turmas de EJA por fatores diversos, dentre eles a complementação de carga horária. Nesse sentido, os ritos geográficos docentes se (re)constroem cotidianamente, pelo entrecruzamento das dimensões pessoais e profissionais, ao longo trajetória de vida-formação-profissão dos envolvidos nesse processo formativo.