Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Bassetto Júnior, Carlos Alberto Zanutto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/140287
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Resumo: |
Esta tese teve como objetivo estudar as moléculas orgânicas (N-alquilbenzenossulfonamidas) como inibidoras de canais para potássio do tipo KV3.1, heterologamente expressos em células L-929. Com o presente estudo constatou-se que as moléculas, N-alquilbenzenossulfonamidas, produzem efeitos inibitórios sobre KV3.1. Através da técnica de whole cell patch clamp, observou-se que os valores de IC50 para as moléculas que bloquearam o canal foram 13,5 μM, 16,9 μM, 25,9 μM, 34,2 μM, 34,9 μM e 60 μM, respectivamente, para 4-cloro-3-nitro-N-butilbenzenossulfonamida (SMD2), 4-cloro-3-nitro-N-furfutilbenzenossulfonamida (SMD3), 4-[N-(3’aminopropil)-2-pirrolidona]-3-nitro-N-butilbenzenossulfonamida (SMD2_APP), 4-[N-(3’aminopropil)-2-pirrolidona]-3-nitro-N-furfurilbenzenossulfonamida (SMD3_APP), 4-cloro-N-butilbenzenossulfonamida (SMD2_SN) e 4-cloro-N-furfurilbenzenossulfonamida (SMD3_SN). O efeito de todas as moléculas mostrou-se reversível quanto à ligação com o canal e todas atuaram como bloqueadores de canal aberto. Em SMD2, molécula que mostrou o menor valor de IC50, observou-se um deslocamento de -8 mV em relação ao controle, nas curvas de condutância versus voltagem, nas cinéticas de ativação e na recuperação a partir da inativação em relação à voltagem. O SMD2 não alterou as constantes de tempo de desativação, embora tenha mudado as constantes de ativação e inativação, além de ter induzido o fenômeno de tail crossover. Observou-se que para potenciais mais despolarizados, ocorreu o alívio do bloqueio (Block Relief). Não foi observado o efeito da dependência do pH para o bloqueio e SMD2 não mudou a seletividade do canal. Constatou-se que pulsos despolarizantes de curta duração induzem efeitos menos intensos, ao passo que pulsos despolarizantes mais longos, produzem efeitos mais intensos de SMD2 sobre o canal. Além disso, foi observado que, quanto mais o canal é usado, ou seja, aberto, mais ele é bloqueado por SMD2. Todos esses dados sugerem que SMD2 não interage com o estado fechado e nem com o estado inativado do canal, mas sim com seu estado aberto, apresentando também um efeito dependente de uso. De um ponto de vista farmacológico, isso indica que SMD2 pode ser uma molécula importante na modulação da atividade dos canais KV3.1, presentes em células com altas frequências de disparos de potencial de ação, podendo constituir uma nova classe de moduladores farmacológicos desses canais. |