Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vaccari, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181523
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Resumo: |
As doenças periodontais são associadas ao manejo do solo e à dieta e provocam danos à saúde e ao bem-estar dos bovinos. Da mesma forma afeta o desempenho e a eficiência alimentar em decorrência das dificuldades na mastigação e ruminação. Considerada uma enfermidade multifatorial, na qual as bactérias são necessárias para que ocorra o processo infeccioso, mas não suficientes, elas têm características clínico-patológicas e epidemiológicas particulares. Inicialmente associada à formação de pastagem em extensas áreas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país, a periodontite pode reincidir após a reforma dos pastos ou alimentação dos animais com forragens recém-cultivadas. Na pecuária extensiva, a doença tende à redução espontânea e gradativa nos sistemas de produção com o decorrer dos anos e na dependência do tipo de solo. Ocorrendo em episódios, ela tem característica sazonal e permanece sob a forma crônica em animais adultos; provocam inflamações dos tecidos de proteção e sustentação dos dentes. Na gengivite e gengivite necrosante, que são percursoras da periodontite, a inflamação está associada à formação do biofilme bacteriano e à resposta imune do hospedeiro. O objetivo geral do presente trabalho foi avaliar clinicamente bezerros com doença periodontal e verificar as correlações bioquímicas séricas e salivares. Dez bezerros desmamados, com idade entre 4 e 6 meses, mantidos em pastejo rotacionado em área reformada foram divididos aleatoriamente em dois grupos (n=5 cada grupo): controle e tratamento. Os animais do grupo tratamento receberam via oral pour-dressing 340 mg de virginiamicina diariamente, por um período de cinco meses, num total de período experimental de seis meses. O exame clínico periodontal foi realizado semanalmente, enquanto as análises bioquímicas séricas e salivares, além das análises hematológicas, mensalmente. Os parâmetros bioquímicos analisados foram proteína total, albumina, ureia, aspartato amino transferase (AST), fosfatase alcalina (FA), gama glutamil transferase (GGT), cálcio, fósforo e magnésio. No exame clínico houve maior prevalência de gengivite e gengivite necrosante no grupo controle. Os animais do grupo tratamento tiveram aumento do ganho de peso e condição corporal. Ao longo do período experimental os animais do grupo controle apresentaram redução significativa das concentrações séricas de albumina, magnésio e uréia, enquanto oscilações significantes na albumina, AST, FA, GGT, ureia e fósforo foram encontrados também no grupo controle, porém para os parâmetros salivares. Os animais do grupo contole apresentaram linfocitose e leucocitose e o grupo tratamento apresentou monocitose. A prevalência de gengivite no rebanho demonstrou uma correlação negativa com a concentração de magnésio sérico, e uma correlação positiva com atividade da FA salivar. Não houve correlação significante entre os parâmetros bioquímicos séricos e salivares entre si. Os resultados evidenciaram que as correlações negativas do parâmetro sérico magnésio com os achados clínicos podem sugerir que este parâmetro pode ser utilizado como um marcador para a gengivite nos bovinos. |