O centro vive. O espetáculo da revalorização do centro de São Paulo: sobrevivência do capitalismo e apropriação do espaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Vieira, Sidney Gonçalves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/104458
Resumo: O objetivo deste trabalho é fazer uma análise do processo de revalorização do centro da cidade de São Paulo. Parte do pressuposto de que as transformações preconizadas para que o centro retome sua importância se traduzem em melhorias urbanísticas e arquitetônicas que visam conferir uma imagem mais limpa e bela para a área. Analisa-se o fato de que tais transformações representam também uma revalorização imobiliária, que incorpora objetivamente valor aos imóveis a partir de condicionantes subjetivos, como o significado histórico e o poder da imagem do centro. Assim, o processo assume as características de produção de um espaço considerado como mercadoria, produzido como espetáculo, transformado para não parecer como tal, a fim de perpetrar a permanência do modo de produção capitalista, metamorfoseado. Nesta perspectiva, assume grande relevância o patrimônio arquitetônico representado pela obra de Ramos de Azevedo e as transformações urbanísticas impetradas por Prestes Maia, que conferiram ao centro uma identidade e uma imagem específicas. Fundamentado em metodologia proposta por Henri Lefebvre segue-se um caminho dialético na análise, considerando a cidade a partir de seu presente, onde a sua condição de hegemonia sobre o território nacional e sua importância internacional lhe confere destaque. Depois, se busca no passado, marcado pelas intervenções mais significativas que perduram no presente, as relações sociais de produção que explicam a permanência de determinadas formas. Por fim, vislumbra-se por intermédio dos usos e das funções as possibilidades colocadas para o futuro. Leva-se em conta na análise a atuação de diversos atores sociais, tanto públicos como privados, a exemplo da Associação Viva o Centro e do Fórum Centro Vive. Considera-se que o processo atualmente em curso para revalorização...