Comportamento de células endoteliais submetidas a um modelo de hipertensão arterial in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pinto, Thais Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181833
Resumo: Mudanças nas forças tensionais do shear-stress estão associadas a um repertório de cascatas de sinalização celular, as quais modulam em conjunto o fenótipo vascular tornando o tecido endotelial susceptível a variações patofisiológica e, portanto, compreensão do repertório molecular neste cenário é necessária. Com este propósito, nós submetemos células endoteliais de veia umbilical humana (HUVEC) a um circuito de diferentes forças tensionais in vitro, considerando os grupos seguintes: 1. condição de fluxo de shear-stress fisiológico (nomeado Normo); 2. fluxo de shear-stress hipertenso (nomeado Hyper), e 3. células do grupo 2 foram retornadas para a condição Normo (nomeado Return). As amostras foram apropriadamente coletadas para seguir em diferentes metodologias. Nossos resultados mostraram um forte envolvimento de c-Src no controle da cascata de mecanotransdução modulando sinalização necessária para o fenótipo de adesão, sobrevivência (PI3K/AKT) e proliferação celulares. Além disso, c-Src parece desenvolver importante papel durante o remodelamento da Matriz Extracelular (MEC), cujo performance de matriz metaloproteinases (MMPs) mostrou mudanças significativas. Além disso, através de análise proteômica, mostramos um forte envolvimento de Heat Shock Protein 70 (HSP70) nas células estressadas de modo Hyper, reduzindo significativamente no grupo Return. Esse resultado levou-nos a investigar o proteassoma 20S como uma alternativa proteolítica intracelular para promover o turnover dessas proteínas. Surpreendentemente, nossos dados revelaram um significante aumento na expressão de genes proteasome subunit α-type (PSMA) e β-type (PSMB), genes que codificam proteínas relacionadas com o core catalítico do complexo proteassômico. Adicionalmente, mostramos que vias intracelulares clássicas (Wnt/β- Catenina, Bax e BCl-2) e genes envolvidos com o metabolismo energético sofreram significante modulação nas diferentes tensões de cisalhamento aplicadas. Em conjunto, nossos dados reportaram que um modelo in vitro de hipertensão é capaz de trazer informações importantes sobre a mecanossensibilidade de células endoteliais. Como padrões de cisalhamento estão associados com mudanças patofisiológicas, como aterosclerose e hipertensão, esses resultados criam novos caminhos para compreender o mecanismo molecular responsável pela mecanotransdução no endotélio e, se forem passíveis de ação medicamentosa, muitos desses alvos devem ser considerados para pesquisas futuras de fase pré-clínica.