Comportamento de células endoteliais e muscular submetidas ao shear stress: um panorama celular e bioquímico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Anderson Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181836
Resumo: As células endoteliais (ECs) e células musculares lisas (AoSMCs) são os principais componentes celulares do endotélio. As interações entre estes tipos celulares desempenham funções na homeostase e na estrutura vascular. Como uma interface entre o sangue e a parede do vaso, as ECs ocupam um local único diretamente exposto ao shear stress (SS), a força mecânica de atrito lateral produzido pelo fluxo de sangue na membrana apical da célula endotelial, que pode influenciar o comportamento de ambas ECs e AoSMCs. Geralmente, AoSMCs não sofrem diretamente às forcas de cisalhamento, no entanto, estas são diretamente expostas ao fluxo sanguíneo quando ocorre alguma injúria vascular, como por exemplo em algumas lesões ateroscleróticas ou por técnicas invasivas, como a angioplastia. As forças hemodinâmicas influenciam as propriedades funcionais do endotélio, porém estas não são profundamente compreendidas quanto aos mecanismos bioquímicos de respostas de células endoteliais e de musculatura lisa. Assim, a proposta desta dissertação foi estabelecer um modelo de cultivo in vitro que mimetize as forças tensionais de cisalhamento (shear stress), buscando compreender mecanismos celulares, bioquímicos e epigenéticos. Cultura de células primárias endoteliais e de musculatura lisa humanas foram obtidas da empresa LONZA e mantidas conforme recomendações do fabricante. Estas células foram mantidas rotineiramente em condições convencionais em incubadora de CO2. Para mimetizar o fluxo sanguíneo, estas células, separadamente, foram semeadas em anel periférico de uma placa de petri (100mm de diâmetro), modificada de acordo estudos anteriores, e mantidas sob fluxo laminar por 72 horas, quando as células foram coletadas e encaminhadas para as diferentes metodologias. Nossos resultados estão apresentados em 2 capítulos nessa dissertação, sendo o Cap 2 dedicado aos mecanismos envolvidos na adaptação de células endoteliais ao shear stress, e o Cap. 3, dedicado aos mecanismos desencadeados em células musculares lisa. De um modo geral, nossos resultados mostram respostas diferenciais entre células endoteliais e de musculatura lisa ao shear-stress, as quais são regidas por mecanismos epigenéticos no controle da expressão gênica desencadeados pelo remodelamento da matriz extracelular, avaliada aqui como um mecanismo importante de adaptação destas células às forças de cisalhamento.