Análise do real valor do índice preditor de resposta terapêutica na quimioterapia neoadjuvante em portadores de carcinoma mamário localmente avançado por cintilografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cerigatto, Larissa Cristina Tozin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166373
Resumo: O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, com 28% de novos casos a cada ano. O diagnóstico tardio pode identificar carcinoma de mama localmente avançado (CMLA) que necessita tratamento sistêmico quimioterápico pré-operatório que visam reduzir o tamanho do tumor e da carga tumoral. A quimiorresistência pode estar relacionada à expressão de glicoproteína P (GpP), que promove o efluxo celular da droga, diminuindo o tempo de permanência da droga na célula e, consequentemente a apoptose celular. O sestamibi-99mTc utilizado na realização da cintilografia de mamas (CM) é um substrato dessas proteínas, similar às drogas quimioterápicas, sendo o único método de imagem a representar o tempo de permanência dessa droga. O índice preditor da resposta quimioterápica por cintilografia tem sido utilizado para prever o tempo de permanência dessas drogas nessas células. O objetivo desse estudo foi verificar se o índice preditor de resposta quimioterápica neoadjuvante obtido por cintilografia de mamas com sestamibi-99mTc proposto por Alonso e cols. relacionou-se com resposta quimioterápica do estudo anatomopatológico da mama pós-cirurgia (AP), considerado padrão ouro, analisando-se os índices isolados: índice precoce (IP) e índice tardio (IT) e associados (IP+IT). Tratou-se de estudo transversal, observacional e descritivo, com coleta retrospectiva de dados de prontuários de portadores de CMLA atendidas nessa Instituição no período de 2012-2017, que foram submetidas à CM, considerando os valores dos índices de boa resposta isolados ou combinados de IP>1,5 e IT>1,4, quimioterapia neoadjuvante com o esquema AC-T e posterior mastectomia ou quadrantectomia, com redução do tamanho tumoral >30% (G>30%) considerados de boa resposta ao AP. Nível de significância p<0,005. A amostra foi composta de 151 mulheres com idade média de 54,00 ±10,71 anos (26 a 77 anos) sendo 72 do lado direito e 79 do lado esquerdo. O tipo histológico predominante foi o ductal (n=141; 93,38%), seguido do lobular (n=6; 3,97%), metaplásico (n=2; 1,32%) e papilífero (n=2; 1,32%). A classificação imunohistoquímica evidenciou predominância do tipo luminal B (n=47, 32,41%), seguido dos tipos triplo negativo (n=31; 21,38%), HER 2 positivo (n=24; 16,55%), híbrido (n=24; 16,55%), luminal A (n=18; 12,41%) e luminal não A não B (n= 1; 0,69%). O tamanho inicial dos tumores variou de 0,20 a 16,00 cm, com média de 3,40±2,26 cm. O tamanho final do tumor variou de 0,00 a 11,00 cm, com média de 1,63±2,01 cm. Em média, houve um percentual de redução do tamanho tumoral de 51,72±58,46% variando de -185,71 a 100%, pois alguns tumores apresentaram progressão de tamanho. Não houve associação significativa entre IP X G>30% (p=0,8054); IT X G>30% (p=0,2097), (IP+IT) X G>30% (p=0,1289). Em conclusão, não existe associação entre os índices preditores de boa resposta descritos na cintilografia com a resposta de redução do tamanho observado no AP em portadoras de CLMA tratadas com o esquema quimioterápico AC-T.