Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Alves, Flávia Teodoro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151067
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Resumo: |
Neste estudo, é proposto um diálogo entre o constructo corpoarte (2010) e a prática da pesquisadora como professora de Artes. O que se deu por meio de um projeto de cunho artístico-pedagógico, composto por vivências corporais expressivas e linguagens artísticas - tais como cinema, música, artes plásticas, literatura de cordel e poesia, realizado com um grupo de estudantes de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do CIEJA Rose Mary Frasson, na Zona Norte de São Paulo. O intento deste projeto é criar uma maior abertura à abordagem corporal em processos educativos formais, assim como trazer à tona uma reflexão relacionada aos Direitos Humanos, enquanto proposta educativa nas esferas da ética, da estética e política. O que se pretende com tal diálogo é que esse propicie um espaço entre ação e reflexão no contexto escolar em que estou inserida como docente. Discutir e analisar este contexto também se faz necessário, questionando qual a abertura que há para a corporeidade na educação formal, tendo sempre em perspectiva o desejo de transformação do espaço escolar de que faço parte como um lugar mais acolhedor à corporeidade e à expressividade artísticas. Tais proposições levam aos objetivos: a) discutir a concepção de corporeidade que a educação escolar formal engendra nos sujeitos da pesquisa, bem como a situação das linguagens artísticas cênicas e/ou corporais na escola pesquisada, em relação à legislação e ao currículo numa perspectiva histórica; b) analisar o registro dos encontros, de modo a descrever se houve transformação da concepção de corporeidade com os alunos participantes e c) refletir sobre minha prática como professora proponente de tal de experiência. A metodologia adotada neste estudo é a da pesquisa-ação. Os procedimentos foram: 1 – Identificação dos pressupostos teóricos e curriculares do corpoarte, por meio de: a) análise da primeira proposta da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), apoiada em autores como Apple (2011), Lopes (2008), Geraldi (1994), Gallo (2002) e Antunes (2010, 2013) e b) Levantamento bibliográfico das bases teóricas e filosóficas do constructo corpoarte, com base em Antunes (2010, 2013), Morin (2002, 2011), Almeida (2004, 2005), Voss (2013), Ribeiro (2006), Ikeda (2010, 2017); 2 – Estudo do lócus onde se deu a proposição prática do estudo – O CIEJA Prof.ª Rose Mary Frasson, que se desdobrou em: a) contextualização histórica da EJA na rede municipal de São Paulo, apoiada em documentos oficiais (BRASIL, 2007 e SÃO PAULO, 2008) e nos estudos de Corte (2016) e b) organização do material da reelaboração do Projeto Político Pedagógico da unidade, realizado por toda a comunidade escolar; 3 – Elaboração e execução do Projeto Múltiplas Linguagens e Direitos Humanos (PMLDH), realizado com mais duas professoras parceiras da unidade escolar, sendo que o registro dos encontros aconteceu por meio de anotações de campo em diário de bordo, apoiado nas proposições de professor reflexivo de Schön (1992); 4 – Tratamento e análise dos dados coletados junto aos participantes durante o projeto, efetuada de acordo com a proposta de Análise do Discurso de Orlandi (2001, 2009) e finalmente, 5 – Reflexão final. A análise dos dados coletados, bem como as discussões e reflexões ao longo de todo o processo indicaram que o corpoarte pode ser efetiva como prática artístico-pedagógica no ambiente escolar formal, sobretudo da EJA, enquanto estratégia que considera todos os seres humanos envolvidos no processo educativo em sua plenitude. |