Estudo da osseointegração de implantes de liga Ti30Ta instalados sem estabilidade primária. Influência da associação adesivo fibrínico/ácido tranexâmico e da superfície bioativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Wada, Cristiane Mayumi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/144356
Resumo: Quando implantes de titânio são instalados imediatamente após a extração dentária podem ocorrer ancoragem primária diminuída e retardo e/ou deficiência do processo de osseointegração. Isto se dá em razão da ampla interface entre as paredes circundantes do alvéolo e a superfície do implante. Evidências científicas demonstram que a resposta dos biomateriais quando inseridos num organismo vivo não depende apenas da sua composição, mas, sobretudo de sua superfície. Particularmente para os implantes dentários, o uso de ligas, o processo de usinagem e os tratamentos superficiais irão determinar características essenciais no desempenho clínico desses dispositivos. A liga Ti30Ta é altamente biocompatível, apresenta boa combinação de elevada resistência e baixo módulo de elasticidade, demonstrando excelente indicação para uso biomédico. O propósito deste trabalho foi avaliar histomorfometricamente em ratos o reparo ósseo ao redor de implantes de liga Ti30Ta com supertfície bioativa (tratamento hidrotérmico/biomimético) e associados à adesivo fibrínico/ácido tranexâmico. Foram confeccionados 32 implantes de Titânio CP Grau 4 (Grupo A/Ticp) e 32 implantes da liga Ti30Ta (Grupo B/Ti30Ta), os quais foram divididos em grupos com 8 implantes cada: GA1(Ticp), GA2(Ticp/ácido fibrínico/ácido tranexâmico), GA3(Ticp/superfície bioativa), GA4(Ticp/ Superfície Bioativa/Adesivo Fibrínico Ácido Tranexâmico), GB1(Ti30Ta), GB2 (Ti30Ta/ ácido fibrínico/ácido tranexâmico), GB3 (Ti30Ta/ superfície bioativa) e GB4(Ti30Ta/ Superfície Bioativa/Adesivo Fibrínico Ácido Tranexâmico). Os implantes dos Grupos A e B foram identificados, acondicionados individualmente, esterilizados por meio de radiação gama e implantados na tíbia direita de 64 ratos machos, os quais foram eutanasiados aos 60 dias pós-operatórios. As peças foram processadas em MMA (Stevenel’s blue/Alizarin red S) para análise histomorfométrica. Os resultados obtidos mostraram diferenças estatísticas significativas tanto para o percentual de contato osso/implante como para o percentual de área óssea dentro dos limites das roscas entre os grupos, com resultados superiores para liga Ti30Ta e para os grupos que receberam o tratamento bioativo de superfície associado à adesivo fibrínico/ácido tranexâmico tendo um percentual de 96,3%. Concluiu-se que a osseointegração de implantes de liga Ti30Ta instalados sem estabilidade primária foi favorecida pela associação adesivo fibrínico/ácido tranexâmico e superfície bioativa. Comparando-se a superfície de titânio com a superfície de Ti30Ta é possível observar um maior crescimento de apatita no Ti30Ta. A formação de uma camada de óxido de Ta2O5 no Ti30Ta pode ser hidratada em SBF para formar grupos de Ta-OH. Esses grupos induzem a nucleação da apatita e crescem espontaneamente consumindo íons de fosfato e cálcio do SBF.