Formas de nitrogênio em latossolos adubados com lodo de esgoto por vinte anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carlos, Roberta Souto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214804
Resumo: O conhecimento do comportamento do nitrogênio (N) proveniente de lodo de esgoto (LE) é de suma importância para garantir a sustentabilidade dos sistemas produtivos nos quais ele é usado como fertilizante. Os objetivos com este estudo foram avaliar o efeito da aplicação por vinte anos de LE nas formas de N e estabelecer relações entre as formas avaliadas e o N disponível para as plantas. As amostras de solo utilizadas neste trabalho foram provenientes de experimentos de campo instalados em Latossolo Vermelho eutroférrico (LVef) e em Latossolo Vermelho distrófico (LVd), ambos em blocos casualizados com três doses de LE mais um tratamento controle. As doses de lodo foram aplicadas anualmente e em vinte anos totalizaram 0, 100, 200 e 365 Mg ha-1 . Nas amostras de solo coletadas das áreas experimentais foram determinadas as seguintes frações do N orgânico: N NH4 + hidrolisável, N-aminoaçúcares (N-Aaç), N-aminoácidos (N-Aa), N-total hidrolisável e N-insolúvel em ácido (NI). Por cálculo foi obtido o N-não identificado. A taxa de mineralização de N usando o método de incubação aeróbia por 210 dias, o N-total e o N orgânico mineralizável por destilação a vapor direta (N-DVD) também foram quantificados. Com as amostras de solo provenientes do campo também foi instalado, em casa de vegetação, um experimento para quantificar o N disponibilizado para plantas de capim-braquiária cv. Marandu. Nas plantas foram determinados o N extraído em três épocas de coleta, aos 40, 70 e 100 dias. Os maiores acúmulos de N na matéria seca das plantas foram observados com aplicação de 365 Mg ha-1 de LE no LVef e com 200 e 365 Mg ha-1 no LVd, acompanhando a variação nos teores de matéria orgânica dos solos após 20 anos de aplicação do resíduo. A aplicação de LE por 20 anos aumentou o reservatório total de N do solo e o N absorvido (Nabs) por plantas de capim-marandu. O N incorporado ao solo pelas aplicações repetidas de LE se distribui proporcionalmente entre os reservatórios, e as frações de N-Aaç e N-IA predominam em relação às demais em latossolos adubados com LE por 20 anos. O fracionamento químico do N orgânico dos solos, além de não ser um método prático, também não é eficiente para descrever a origem do N disponível. O N-DVD apresenta praticidade, extrai quantidades de N semelhantes ao N absorvido pelas plantas e, apesar de não correlacionar com a fração N-NH4 + , é o que melhor correlaciona com o N-absorvido pelas plantas e, por isso, pode ser considerado o melhor método de avaliação da disponibilidade de N.