Região do devir e região do atraso: discurso e representações sobre a região de Presidente Prudente-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Dundes, Ana Cláudia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/105076
Resumo: Esta tese refere-se ao estudo da Região de Presidente Prudente, localizada no oeste do Estado de São Paulo, que se constituiu no auge da expansão da cultura cafeeira paulista no século XX. Trata-se de um estudo de Geografia Regional, que se aproxima da Geografia Histórica, buscando compreender a partir do discurso regional as representações sociais sobre a região e os significados políticos dessas representações. O veículo escolhido para a apreensão do discurso foi o jornal mais antigo da região, ainda editado, que é simultaneamente também um dos sujeitos produtores do discurso regional. O jornal, documento de domínio público, é reconhecido nesta tese como um espaço de diálogo de atores sociais (jornalistas, acadêmicos, empresários, políticos etc.) que enunciam e têm a região como importante base territorial nas relações de poder. No conjunto de discursos apreendidos no jornal e de três obras referenciais sobre a formação da região, identificou-se através das diferentes denominações e imagens regionais, contidas nesses discursos, representações sociais sobre a região. Do Sertão do Vale do Paranapanema à Região de Presidente Prudente, passando pela Alta Sorocabana e 10ª Região Administrativa, percorreu-se sua história centenária identificando duas formas como a região é representada socialmente: a região do devir e a região do atraso. Dessa identificação, levantou-se a hipótese de que o discurso, político em sua essência, significa e ressignifica a região tornando suas fronteiras voláteis e indefinidas, atuando no sentido de ampliá-las, o que demonstra que a região tem grande importância nas relações de poder que se dão em âmbito regional. A região é, portanto, além de um espaço de identidade e convivência, um espaço de conveniência política.