Comportamento de Ralstonia solanacearum de eucalipto em solo contendo glifosato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Henrique, Ródney Lúcio Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215955
Resumo: A Ralstonia solanacearum é um dos principais patógenos do eucalipto por ser causadora da murcha bacteriana, doença que tem sido fator limitante na cultura. A bactéria é um patógeno de solo com hábitos saprofíticos e é capaz de interagir com a microbiota e elementos do solo em que vive. Diante do exposto e sabendo que herbicidas amplamente utilizados em plantios de eucalipto, como o glyphosate, podem deixar resíduos no solo, o presente trabalho teve como objetivo analisar o comportamento de R. solanacearum isolada de eucalipto em solo contendo doses de glyphosate. Para a realização dos experimentos a solução bacteriana foi preparada e inoculada em solo estéril, na presença de mudas de eucalipto, tratadas com diferentes doses de glyphosate. Foram utilizados sete tratamentos: solo; solo + R. solanacearum; solo + R. solanacearum + dose recomendada de glyphosate (0,36 mg e.a. L-1 ); e para os tratamentos seguintes as doses foram sendo dobradas até alcançar a dose de 16 vezes (0,72 mg e.a. L-1 , 1,44 mg e.a. L-1 , 2,88 mg e.a. L-1 e 5,76 mg e.a. L-1 , respectivamente). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com 10 repetições por tratamento, totalizando 70 parcelas experimentais. Foi realizada a quantificação da população bacteriana de amostras de solo dos tratamentos em diferentes períodos, em meio de cultura Kelman, além de análise da atividade das enzimas peroxidase e fenilalanina amônia-liase, ligadas à defesa da planta. Também foram realizadas análises morfofisiológicas das plantas e análise respirométrica do solo. Houve aumento da população da bactéria no solo com o aumento das doses do herbicida, havendo diminuição apenas nas doses mais altas. Os tratamentos que continham glyphosate interferiram na atividade das enzimas analisadas, onde sobredoses aumentaram a atividade de peroxidase e diminuíram a atividade de fenilalanina amônia-liase. Doses de glyphosate induziram a maior produção de biomassa. A presença do glyphosate apresentou aumento na respiração do solo com presença do patógeno, principalmente no tratamento com 8 vezes a dose recomendada. A utilização de glyphosate no controle de plantas daninhas na cultura do eucalipto apresentou interação com R. solanacearum, necessitando de estudos mais específicos.