Caracterização molecular e avaliação da patogenicidade em gerânio de isolados brasileiros da biovar 2 de Ralstonia solanacearum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rossato, Maurício
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4407
Resumo: Ralstonia solanacearum (RS) é uma espécie bacteriana complexa que causa a murcha bacteriana em centenas de plantas hospedeiras, provocando grandes perdas principalmente em solanáceas cultivadas em países de clima tropical e subtropical. Especificamente a raça 3 biovar 2 (R3B2) do patógeno, além de causar perdas diretas, causa infecções latentes em diversas hospedeiras, como o Pelargonium sp., o que facilita sua disseminação dentro e entre países. Por exemplo, na última década, esta bactéria foi introduzida nos EUA desta forma, causando preocupação em virtude da adaptação dessa variante à cultura da batata. Face à sua forte restrição quarentenária principalmente em países da América do Norte, onde adquiriu status de agente de bioterrorismo, avaliou-se a patogenicidade a gerânio de 36 isolados brasileiros, com ênfase na R3B2 de RS. Esses isolados foram avaliados quanto à sua capacidade de infectar gerânios (P. peltatum, P. hortorum), batata e tomate. Plantas jovens foram inoculadas pela penetração do xilema com um alfinete esterilizado contaminado pelo toque em colônia de RS de cada isolado. Foram usados 36 isolados, sendo 10 da biovar 1, 22 da biovar 2, dois da biovar 3 e dois de gerânio. A incidência da doença foi medida a cada dois dias pela porcentagem de plantas com sintomas da doença. Além do teste de patogenicidade a gerânio, os isolados foram identificados em filotipos com a finalidade de verificar se os isolados capazes de infectar estas hospedeiras se agrupavam de maneira a explicar alguns dos comportamentos. Todas as cinco cultivares de gerânio foram suscetíveis, porém ocorreram variações quanto à resposta entre isolados. Os gerânios, em geral, são menos suscetíveis a todos os isolados quando comparados com batata e tomate. Dezenove dos 36 isolados infectaram uma ou duas das espécies testadas e 17 infectaram ao menos uma planta de todas as espécies hospedeiras avaliadas. Isolados das raças 1 e 3, biovares 1, 2 e 3, filotipos I e II, foram capazes de infectar o gerânio. A capacidade de isolados brasileiros da R3B2 de RS de infectar o gerânio faz com que sejam necessários métodos especiais para identificação e detecção da bactéria em viveiros de plantas visando a exportação. Não foi possível agrupar os isolados segundo suas características patogênicas e moleculares; então, é proposto que análises de genoma completo sejam realizadas para que pequenos deste, possam revelar a gama de hospedeiras.