Língua e sociedade nas páginas da Imprensa Negra paulista: um olhar sobre as formas de tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Balsalobre, Sabrina Rodrigues Garcia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93949
Resumo: Esta pesquisa tem, como objetivo principal, a análise da inter-relação entre fatores de ordem linguística e social a partir de um corpus jornalístico: a Imprensa Negra paulista – movimento realizado por negros e destinado a essa população no período posterior à abolição da escravatura no Brasil. A formação dessa imprensa se deu pela necessidade de veicular as reivindicações por melhores condições de vida e as propostas de inserção na sociedade brasileira. Para cumprir o objetivo desse trabalho, de se estabelecer relações interdependentes entre usos linguísticos e fatores sociais, foram analisados três periódicos da Imprensa Negra: O Kosmos, O Alfinete e O Clarim d’Alvorada. Essa escolha se justifica por uma combinação de fatores, entre eles a disponibilidade desse material, o período e local de produção (primeiras décadas do século XX / cidade de São Paulo) e o propósito de cada um desses periódicos. Para atingir esse propósito, optou-se por analisar o sistema de formas de tratamento empregado nos jornais, por se acreditar que esse fenômeno linguístico representa um exemplo privilegiado da relação entre a escolha linguística e seu motivador social. A fim de se estabelecer os usos da população negra e os usos tipicamente empregados pelo jornalismo da época, fez-se necessário comparar os dados da Imprensa Negra, com um jornal de circulação mais ampla na cidade de São Paulo: O Combate. Uma vez que o jornal é um gênero textual constituído por textos de naturezas diversas, privilegiou-se a proposta teórico-metodológica de Bonini (2003, 2004, 2006), que prevê a análise do jornal como um hipergênero, com o intuito de se avaliar as características peculiares de cada um dos gêneros do jornal para, posteriormente, relacioná-las com o emprego das formas de tratamento. O fenômeno lingüístico, em análise no presente estudo...