Potencial de ácaros predadores phytoseiidae (mesostigmata) no controle do psilídeo-de-concha, Glycaspis brimblecombei (HEMIPTERA: APHALARIDAE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lopes, Júlia Ignez. [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257478
https://lattes.cnpq.br/5031909723469000
https://orcid.org/0009-0007-3327-6897
Resumo: O psilídeo-de-concha, Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Aphalaridae), é considerado uma das principais pragas de eucalipto no Brasil. As ninfas a partir do segundo instar produzem uma concha sobre si, com formato cônico e coloração branca, onde permanecem se alimentando por aproximadamente 15 dias até a fase adulta. O controle químico é o método mais utilizado, porém com alto custo e baixa eficiência. Por isso, o uso de inimigos naturais pode ser uma importante medida no controle dessa praga. Não existe na literatura nenhum relato da associação de ácaros predadores e o psilídeo-de-concha. Porém, os ácaros predadores da família Phytoseiidae (Mesostigmata) já foram relatados em eucalipto. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi verificar o potencial de três espécies de ácaros predadores da família Phytoseiidae, Amblyseius tamatavensis, Neoseiulus californicus e Neoseiulus idaeus, na predação de ovos e ninfas do psilídeo-de-concha, em condições de laboratório e casa-de-vegetação. A unidade experimental em laboratório consistiu em uma placa de Petri (2,7 cm diâmetro x 1,2 cm altura), sendo colocado internamente um disco (2,5 cm diâmetro) de folha de eucalipto. Em cada unidade experimental foram transferidos 20 ovos ou 20 ninfas de primeiro instar, e uma fêmea adulta acasalada de A. tamatavensis, N. californicus ou N. idaeus. Em média, cada fêmea de A. tamatavensis de alimentou de 6 ninfas/dia, seguido por N. californicus, com cerca de 5 ninfas/dia, e N. idaeus com cerca de 4,5 ninfas/dia. Além disso, cada fêmea de N. californicus ovipositou cerca de 2 ovos/dia, seguido por N. idaeus, com cerca de 1,5 ovos/dia, e A. tamatavensis com cerca de 1 ovo/dia. O teste em casa de vegetação foi conduzido com mudas de eucalipto infestadas com G. brimblecombei, sendo realizados três tratamentos: liberação de 20 A. tamatavensis ou N. californicus por muda de eucalipto, e mudas de eucalipto sem medida de controle (testemunha). Após 20 dias da liberação dos predadores foi observada uma diminuição no número do psilídeo-de-concha, sendo maior essa diminuição quando liberado N. californicus (cerca de 34%) do que A. tamatavensis (cerca de 28%). Em contraste, no tratamento em que não foi usada nenhuma medida de controle, o número de psilídeo-de-concha aumentou cerca de 14% nesse mesmo período. Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram a capacidade de ácaros predadores predarem o psilídeo-de-concha, sendo um primeiro passo para uma possível utilização desses predares como agentes de controle biológico dessa praga.