Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Gaviolli, Íria Bonfim [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180388
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Resumo: |
O que você veio fazer aqui? Essa pergunta foi feita a mim por uma criança do Ensino Fundamental I, no período em que estive em sua sala de aula para o desenvolvimento de algumas tarefas matemáticas – período esse, o qual nomeei de encontros. Antes que eu lhe oferecesse longas e complicadas respostas, uma outra criança respondeu: “Ué, ela veio aprender a ser professora”. Assenti aquela resposta com um sorriso e continuamos com a aula. Eu sabia que estava ali em busca de respostas para o meu objetivo de pesquisa, a saber: buscar elementos que pudessem favorecer o engajamento de uma aluna com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em aulas de matemática organizadas em ambientes de cenários para investigação. Para alcançar esse objetivo foram desenvolvidos oito encontros em uma turma do Ensino Fundamental I em uma escola do município de Rio Claro. Uma descrição mais detalhada de como chegamos até esse momento pode ser vista no capítulo 1, em que apresento as etapas que constituem o percurso metodológico desta pesquisa. No capítulo 2, dou ênfase à pergunta “Mas e os outros?”, feita por Dani, a “aluna de inclusão”, por considerá-la o ponto de inflexão desta pesquisa. A partir dessa pergunta percebo que algo tinha mudado: ouvir os demais alunos tinha se tornado tão importante quanto ouvir Dani. Implicações dessa mudança podem ser vistas nos capítulos 3 e 4 desta dissertação. No primeiro, falo da mudança de meus pressupostos em relação à inclusão. Para isso me fundamento na perspectiva do deficiencialismo que me permite problematizar a existência de um discurso normalizador a respeito de crianças diagnosticadas com TEA. No segundo, apresento a teoria de cenários para investigação, que deu suporte ao desenvolvimento das tarefas matemáticas, e o modo como essa teoria se relaciona com a perspectiva do deficiencialismo. Também, apresento algumas das tarefas realizadas, bem como os elementos que considerei importantes para o engajamento de Dani. A partir dessa apresentação destaco a importância de se valorizar a movimentação pelos diversos ambientes de aprendizagem, uma vez que percorrê-los implica em uma ampliação de possibilidades de tipos de tarefas, que podem abranger diferentes habilidades e características dos diferentes alunos que compõem uma sala de aula. É importante mencionar que desde a mudança de meus pressupostos, eu deixei de operar segundo um discurso normalizador, como o apresentado no objetivo inicial da pesquisa; eu tinha mudado e com isso o objetivo também mudou. Por isso, em vez de considerar o objetivo como um ponto final, ele torna-se parte da minha mudança, da mudança de meus pressupostos naquela sala de aula. Assim, em meio a tantas mudanças, em particular, para a pesquisadora, é que apresento no capítulo 5 algumas considerações para a pergunta O que é isso o mestrado? |