Rubem Braga: a simbiose jornalística e literária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Tchiago Inague [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94133
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o primeiro livro do escritor-jornalista Rubem Braga (1913-1990), O conde e o passarinho, coletânea de crônicas publicadas em 1936. No decorrer da vida, o escritor capixaba ficou marcado por escrever para jornais quase que exclusivamente textos de crônicas, muitas delas publicadas, posteriormente, em coletâneas ao longo dos anos, inclusive após a sua morte. Nosso estudo buscou respaldo tanto nas teorias literárias a respeito do gênero crônica, sobre suas características, história e processo de “adaptação” no Brasil, como na fortuna crítica do cronista. A análise crítico-interpretativa do corpus procurou evidenciar as estratégias textuais empregadas pelo autor e o diálogo que, muitas vezes, se estabelecia entre os textos da obra. Desse modo, partindo dessas categorias analíticas, tentamos ressaltar as questões mais significativas do objeto artístico estudado, sobretudo a recorrência de alguns temas em seus textos, como a defesa aos menos favorecidos, a descrição da mulher brasileira e seus comentários sobre leis e notícias da época. Também buscamos abordar e analisar as personagens presentes na antologia, bem como destacar as referências culturais utilizadas pelo autor, sejam elas literárias, musicais ou cinematográficas e, por fim, apontar o recurso frequente à metalinguagem na construção de parte das crônicas. A partir desse recorte, nossa análise buscou compreender os aspectos sociais, econômicos e políticos da década de 1930, sobretudo porque a crônica, gênero híbrido, caracteriza-se por transitar entre as esferas do jornalismo e da literatura e também entre o particular, o tempo vivido pelo cronista, e o universal, que permite ao cronista explorar a essência humana