Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Kele Cristina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138845
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Resumo: |
A compreensão da deficiência enquanto fenômeno social tem possibilitado pensar a diversidade afastada do modelo homogeneizante que nega a diferença como constitutiva do ser humano. Esse modo de conceber a deficiência permite reconhecer avanços na conquista de direitos e participação de grupos populacionais que se encontram em situações de vulnerabilidade. Algumas medidas estão sendo tomadas em âmbito governamental visando à formação acadêmica desse público, o que reflete o crescente número de matrículas de pessoas com deficiência na universidade. Mobilizadas pelos movimentos e lutas pelos direitos sociais, pessoas com deficiência têm reivindicado oportunidades iguais de acesso e permanência nesta etapa de educação. Nesse sentido, justifica-se a relevância do direcionamento de estudos que reflitam sobre a inclusão desse público na educação superior. Assim, esta pesquisa objetivou examinar como 14 universitários com deficiência analisam as condições de acessibilidade de três universidades públicas brasileiras. Os dados foram coletados por meio de entrevista com uso de roteiro semiestruturado, sendo analisados a partir do emprego da técnica de análise de conteúdo, possibilitando o agrupamento dos relatos dos participantes em categorias, em cinco eixos temáticos, a saber: a) Trajetória escolar: da educação básica à educação superior; b) Percepção dos estudantes sobre os apoios oferecidos pela universidade durante a graduação; c) Condições de acessibilidade na universidade; d) Perspectivas sobre o processo de aprendizagem em sala de aula e, por fim, e) Expectativas sobre a formação universitária. Embora os resultados evidenciassem ações em favor do acesso e da permanência de universitários com deficiência à educação superior, nas formas de recursos adaptados para realização do exame vestibular, tempo adicional na realização da prova, bolsa de auxílio ao estudo para cursar as aulas e rampas de acesso a espaços específicos da universidade, poucos foram os relatos que retrataram informações acerca das políticas institucionais para o funcionamento dos serviços e apoios ofertados. Apesar de a acessibilidade ter sido, em sua maioria, concebida no âmbito da desobstrução das barreiras físicas e comunicacionais presentes no espaço universitário, os dados anunciaram que os serviços e apoios existentes conferem sua presença de forma assistemática e contingencial. À revelia dos significados atribuídos pelo grau de compreensão das demandas educacionais especiais e de igualdade de direitos para cursar e concluir a formação nesta etapa de educação, é que as universidades têm-se mobilizado. Portanto, analisar o ponto de vista dos protagonistas desse processo rumo à compreensão dos sentidos atribuídos às barreiras que limitam sua participação na universidade, torna o caminho promissor na consolidação de práticas inclusivas no ambiente universitário. |