Condições de trabalho e formalização: os operários da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais (1872-1939)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lico, Tamires Sacardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253601
Resumo: A Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais foi uma importante empresa de acionistas majoritariamente brasileiros que operou de 1872 a 1971. Este tipo de empreendimento necessitou de variados tipos de trabalhadores que atuaram desde a implantação dos trilhos até operações de montagem de vagões. Desse modo, este estudo volta-se para questões como a regulamentação dos ofícios exercidos pelos operários e as condições de trabalho a que eram submetidos em seu cotidiano, o que envolve, naquele momento, a criação, a divisão e a hierarquização dos cargos ocupados e exercidos pelos funcionários da empresa. Esses critérios são fundamentais para entender a formalização do trabalho industrial brasileiro pelo viés ferroviário. A periodização desta pesquisa abarca desde a inauguração da linha Jundiaí – Campinas, em 1872, até o ano de 1929, escolha que se justifica tanto pela abundância de fontes existentes sobre o tema como pela conjuntura. Em outras palavras, os primeiros anos do século XX abrangem importantes questões que serão discutidas nesta pesquisa: o aparecimento de greves, como a de 1906, liderada pelos ferroviários da Companhia Paulista, a incorporação de oficinas à empresa e o surgimento das primeiras leis trabalhistas que, foram, sobretudo, fruto das lutas deste grupo de trabalhadores. Para a viabilização deste estudo, foram utilizados relatórios da Companhia Paulista, uso de periódicos locais do período, processos trabalhistas, um banco de dados de trabalhadores e a bibliografia adequada ao tema.