Ecologias em Terra Paulista (1894-1950): as relações entre o homem e o meio ambiente durante a expansão agrícola do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mahl, Marcelo Lapuente [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103190
Resumo: Ao longo do século XIX, ganhou projeção o processo de desbravamento do território paulista, impulsionado, principalmente, pelo surto cafeeiro. Regiões até então pouco exploradas, acabaram atraindo imensas levas populacionais, que buscavam perspectivas de enriquecimento e trabalho em novas terras, iniciando uma série de mudanças no mundo natural que, até então, havia se mantido relativamente intocado em grande parte do Estado. Dentre as várias regiões transformadas em zonas pioneiras, durante essa expansão econômica, merece destaque o Noroeste paulista, onde a cidade de São José do Rio Preto tornou-se, entre as décadas de 1910 e 1940, sede de uma das zonas de maior crescimento do Estado de São Paulo. Nesse movimento de conquista do interior de São Paulo, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, percebe-se, por meio da análise de jornais e revistas que circulavam comumente nos maiores centros urbanos, a formação de uma contundente crítica ambiental, que começava a tentar compreender quais foram os efeitos dessa expansão econômica ao meio ambiente paulista. Esses discursos, mesmo partindo de realidades tão distintas - capital e interior - mostram uma grande similaridade, ao apresentarem fundamentalmente dois eixos centrais de discussão. De um lado, a valorização do progresso e da expansão econômica, que entendia a destruição do mundo natural como uma conseqüência necessária para o desenvolvimento, além de um símbolo de vitória do homem sobre o meio ambiente. De outro, discursos que criticavam os impactos ambientais desencadeados pela conquista do interior, além de defenderem a necessidade do surgimento de novas formas de interação, menos violentas e mais harmoniosas, entre a sociedade e a natureza. O presente trabalho analisa a origem e as tensões existentes entre essas duas concepções de ecologia, que emergiram naquele momento de crescimento da economia paulista.