A transposição das personagens femininas de Harry Potter para o cinema: uma análise da representatividade feminina de Gina Weasley

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ballestero, Verônica Pastre [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256669
Resumo: Sagas literárias vêm ganhando cada vez mais visibilidade e influência no contexto atual, principalmente entre os públicos mais jovens, este movimento tem como marco principal a publicação do romance Harry Potter e a pedra filosofal em 1997, da autora britânica J. K. Rowling. Desde o início a saga literária de Rowling atingiu um grande público e, com o passar do tempo, se tornou um grande best-seller em nível mundial, ganhando adaptações para o cinema produzidas pelo estúdio Warner Bros Pictures. As adaptações cinematográficas de obras literárias não são projetos recentes, há muitos anos o Cinema conta com este tipo de produção em seu acervo, como é o caso dos filmes Viagem à Lua de 1902 e O retrato de Dorian Gray de 1945, por exemplo, bem como as discussões acerca da mesma, que constantemente geram discussões sobre o valor de cada obra e a fidelidade de uma (obra fílmica) em relação à outra (obra literária), questão amplamente discutida pelo crítico Robert Stam que defende que a questão da adaptação vai além da fidelidade: ela cria uma nova narrativa inspirada em seu texto fonte. Porém o que se pretende na presente pesquisa não é discutir as adaptações da saga britânica como um todo, mas a forma como as personagens femininas dos romances de Harry Potter foram transpostas para o cinema e como um juízo de valor patriarcal pode ter regido a construção das mesmas ao serem representadas ao longo dos filmes da saga, mais especificamente, será analisada a forma como a personagem Gina Weasley foi transposta do romance Harry Potter e o enigma do príncipe do ano de 2005 para o filme homônimo de 2009. Para isso será necessário tratar de teorias de adaptação cinematográfica de Ismail Xavier (2003), por exemplo, que esmiúça questões particulares deste processo adaptativo da literatura para o cinema de sua perspectiva narratológica, de conceitos basilares dos Estudos Literários, como o conceito de personagem para Antno Candido (2009), da crítica e filosofia Feminista da metade do século XX, especificamente, as contribuições de Betty Friedan, e por fim, sendo o romance e a película analisada ambos textos elaborados por um locutor para um interlocutor, se faz necessário também o uso da Semiótica Francesa, abordada por José Luiz Fiorin (2006) e Diana Luz Pessoa de Barros (1994)