Relações de poder em uma escola pautada nas singularidades: olhares sobre as práticas de língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Severian, Marina Rosa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/141538
Resumo: O discurso doutrinário produzido e veiculado nas sociedades disciplinares do século XVIII permitiu a instauração tanto das dicotomias quanto dos paradigmas que norteiam, até o presente século, a maneira como as instituições escolares devem atuar e refletir sobre o âmbito educacional, condicionando, consequentemente, não apenas as metodologias e as práticas adotadas nessas instituições, como também a crença que envolve o pensar e o fazer educacional na nossa sociedade contemporânea. Com isso, as escolas passaram a adotar algumas tendências mercadológicas e fabris as quais visam legitimar diretrizes autoritárias e ratificar uma hierarquia pré-estabelecida de poder nas instituições de ensino. De maneira contrária, Dewey (1959), Freire (1967 e 1979) e Morin (2000 e 2007) propõem outras maneiras de compreender a educação, enfatizando o papel primordial dessa para o desenvolvimento tanto do caráter quanto da personalidade “autênticos” do indivíduo, permitindo o despertar da singularidade e da ética nos alunos e nos professores. De acordo com essa perspectiva que visa construir uma educação singular, a nossa intenção neste trabalho é analisar e compreender de que forma se estabelecem as relações de poder (FOUCAULT, 1987 e 1989) nas práticas de língua estrangeira em uma escola, situada no interior de São Paulo, que segue os princípios da singularidade como fio condutor de sua prática. Dentro dessa abordagem, pretendemos depreender os discursos e as práticas referentes às singularidades e à democracia, a fim de refletir sobre a maneira como as relações verticais e horizontais se constroem nesse processo peculiar de ensino-aprendizagem de língua estrangeira. Para isso, realizamos uma pesquisa qualitativa de base etnográfica, com o intuito de observar como se estabelecem essas relações nas práticas de idioma e coletar os dados.