Música e ultramontanismo: possíveis significados para as opções composicionais nas missas de Fúrio Franceschini

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Duarte, Fernando Lacerda Simões [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/95106
Resumo: Este trabalho tem como objeto seis missas compostas por Furio Franceschini (1880-1976), compositor, regente e organista que atuou como mestre-de-capela na Sé de São Paulo por aproximadamente sessenta anos contados a partir de 1908. Seu objetivo é investigar possíveis significados às opções de Franceschini na composição das missas. Tais significados serão investigados levando em consideração o posicionamento estético do compositor, o período em que as obras foram escritas, a legislação eclesiástica sobre a música sacra e a prática musical litúrgica do período. Questiona-se também no que o conhecimento adquirido nesta pesquisa pode ajudar na compreensão da música litúrgica do presente. A busca pelos significados se deu com o auxílio dos seguintes conceitos explicadores: a teoria dos sistemas autopoiéticos de Niklas Luhmann e as noções de tradição inventada e mito de origem, ambos oriundos da História. O primeiro capítulo traz uma rápida biografia do compositor, seu posicionamento sobre questões artísticas de seu tempo e sobre técnicas de composição. O capítulo seguinte é dedicado à compreensão dos movimentos de restauração musical – Cecilianismo – e institucional – Ultramontanismo – que aconteceram na Igreja Católica Romana, no século XIX. Passa-se, então, ao passado considerado ideal, em termos de música, a polifonia de Palestrina, para então se chegar, no quarto capítulo, ao estudo do Motu Proprio (1903), que determinava este gênero musical e o canto gregoriano como modelos de música sacra. Por fim, são estudas as principais características das missas para que se possa responder às questões centrais formuladas neste trabalho.