Mammal ecology in fragmented landscapes: beyond the effects of habitat amount

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Regolin, André Luis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194179
Resumo: A conversão de áreas naturais para uso antropogênico da terra causa perda, fragmentação e degradação de habitat, as quais são as principais ameaças para a conservação de mamíferos terrestres em todo o mundo. Nesta tese buscamos compreender aspectos sobre a ecologia de mamíferos terrestres em paisagens fragmentadas através de um estudo teórico (capitulo 1) e dois estudos empíricos, sendo um sobre estrutura de comunidades (capítulo 2) e outro sobre modelagem de uso de habitat (capítulo 3). No capítulo 1, elaborado no formato de um ensaio, apresentamos e discutimos potenciais influências da fragmentação de habitat sobre o processo de dispersão de sementes sobre morcegos neotropicais. Identificamos lacunas no conhecimento, sugerimos maneiras de preenchê-las e apresentamos potenciais aplicações relacionadas à conservação. No capítulo 2, avaliamos como assembleias de mamíferos são estruturadas em paisagens fragmentadas heterogêneas, combinando análises da estrutura da paisagem com medidas de heterogeneidade espacial. Especificamente, quantificamos a importância de métricas da paisagem, calculadas a partir de mapas temáticos, e de descritores de heterogeneidade espacial intraclasse, estimados utilizando imagens satélites não classificadas, para explicar a riqueza de espécies e a dissimilaridade da composição de espécies entre paisagens. Descobrimos que, contrário às nossas expectativas, a configuração da paisagem foi o principal fator que afetou a riqueza de espécies, seguido pela heterogeneidade espacial e, por último, pela composição da paisagem. O aninhamento das espécies foi explicado, em ordem de importância, pela heterogeneidade espacial, configuração da paisagem e composição da paisagem. Embora as políticas de conservação tendem a se concentrar principalmente na quantidade de habitat, defendemos que o manejo da paisagem deve incluir estratégias para preservar e melhorar a qualidade do habitat em manchas naturais e a incrementar a complexidade da vegetação na matriz circundante, permitindo que as paisagens abriguem maior diversidade de espécies. Investigamos, no capítulo 3, como o uso de habitat por mamíferos herbívoros e frugívoros é moldado pela interação entre a quantidade e qualidade do habitat no Pantanal. Ainda, avaliamos se a contribuição da qualidade do habitat varia conforme a sensibilidade das espécies à perda de habitat. A qualidade do habitat foi mais importante do que a quantidade de habitat na determinação do uso do habitat pelas espécies. A qualidade do habitat foi a melhor preditora de uso de habitat para quatro das seis espécies, mas o uso de habitat não foi explicado apenas pela quantidade de habitat. A quantidade de habitat influenciou apenas quando considerada em conjunto com covariáveis de qualidade do habitat e apenas para espécies mais sensíveis à modificações do habitat. As espécies menos sensíveis foram melhor modeladas apenas pelas covariáveis de qualidade do habitat. Os programas de conservação devem incorporar tanto a qualidade quanto a quantidade do habitat ao lidar com espécies sensíveis e priorizar o gerenciamento da qualidade do habitat ao focalizar espécies menos sensíveis.