A polidez na conversa de pessoas esquizofrênicas: figuratividade, estratégias e faces

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Teixeira, Letícia Adriana Pires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=68250
Resumo: Este estudo apresenta uma análise da linguagem de pessoas com esquizofrenia, em surto psicótico, tendo como foco o fenômeno da polidez linguística, a partir da figuratividade. Para tanto, procuramos verificar como os participantes da conversação interagem uns com os outros, fazendo o trabalho com as faces (E.Goffman), e como eles utilizam o fenômeno da linguagem figurada, mais especificamente da metáfora, como estratégia de polidez linguística. Para compreender a linguagem de pessoas com transtornos mentais, analisamos as conversas de pacientes do Hospital Myra Y Lopes nos anos 2009 e 2010, bem como as conversas já transcritas por Brito (2005), Teixeira (2001) e Picardi (1999). Adoramos, como referencial teórico básico, os postulados de Brown; Levinson (1987), Leech (1983) Goffman (1967), Lakoff (1987, 1989, 1993,), Lakoff; Johnson (1980, 1999), Volker (2001) entre outros estudiosos dessa temática. Como resultado da análise, constatamos que os esquizofrênicos usam a figuratividade como estratégia de polidez linguística e, dependendo do nível de gravidade da doença, não são totalmente alienados aos acontecimentos e às significações ideológicas, nem aos eventos sociais e culturais que envolvem o processo conversacional. Detectamos que eles são polidos e que as estratégias e modos de polidez, usados por eles, não são dotados de valor absoluto, apesar de a polidez ser tida como um "fenômeno universal". Palavras-chave: Análise da conversação. Polidez Linguística. Estratégias. Figuratividade. Esquizofrenia.