Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pietrobon, Tatiane de Castro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234747
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Resumo: |
Interações entre organismos são comuns na natureza e responsáveis por manter o equilíbrio dos ecossistemas. O mutualismo entre as formigas atíneas e fungos é um exemplo clássico de simbiose. Esses insetos cultivam o parceiro fúngico como fonte de alimento, e este recebe proteção, além de ser disperso pelas formigas. Ambos os organismos co-evoluíram levando à formação de cinco diferentes tipos de fungiculturas. Um antagonista alvo de estudo desse sistema é o fungo do gênero Escovopsis, considerado parasita do fungo cultivado pelas formigas. Estudos revelaram que esse fungo coevoluiu com o sistema e que o parasitismo é mediado por substâncias químicas. Fungos do gênero Escovopsioides, filogeneticamente relacionados a Escovopsis, também são encontrados nas colônias das formigas atíneas. Escovopsioides é um possível antagonista do fungo mutualista das atíneas, entretanto, pouco se conhece sobre a diversidade filogenética e o real papel desse fungo no ambiente das formigas atíneas. Os objetivos do presente estudo foram descrever a diversidade e o papel de Escovopsioides na interação das formigas atíneas com o fungo cultivado. Como poucos isolados desse fungo são conhecidos, ampliamos as amostragens desse gênero com coletas de jardins de fungo de formigas atíneas em diferentes localidades do país. Os isolados obtidos foram identificados por sequenciamento genético. Nosso estudo sugere que apenas uma espécie de Escovopsioides, E. nivea, está associada ao ambiente das formigas atíneas como um simbionte. Em seguida, bioensaios de co-cultivo foram realizados entre E. nivea e os fungos mutualistas de quatro, dentre cinco, diferentes tipos de fungiculturas das formigas atíneas. Bioensaios semelhantes foram utilizados para analisar os metabólitos envolvidos nessas interações. Nossos resultados demonstraram que E. nivea é um antagonista, pois inibe o crescimento de diversos fungos cultivados pelas atíneas. É possível metabólitos difundidos no meio de cultivo sejam os responsáveis pelo antagonismo observado, entretanto, outros fatores também podem estar envolvidos, como substâncias voláteis e/ou competição por nutrientes. |