O papel da heme oxigenase-1 na leishmaniose visceral canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Breno Fernando Martins de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/143430
Resumo: A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença crônica que causa imunossupressão nos animais doentes, principalmente por prejudicar a resposta imunológica celular, diminuindo a proliferação linfocitária e a capacidade fagocítica das células de defesa. Recentemente, a enzima heme oxigenase-1 (HO-1) vem ganhando destaque por estar envolvida na regulação da resposta imune celular em algumas condições patológicas, sendo uma enzima induzível por condições de estresse, como o estresse oxidativo que sabidamente ocorre na LVC. Nesse contexto, esse trabalho teve por objetivo determinar o papel da HO-1 na LVC, determinando sua concentração e expressão em cães infectados e saudáveis, correlacionando-a com o estresse oxidativo, carga parasitária e IL-10. Objetivou-se também avaliar o efeito da indução e inibição da enzima sobre a resposta linfoproliferativa de células de linfonodo de cães doentes e sobre a taxa de infecção macrofágica por promastigotas de Leishmania infantum, determinando as citocinas envolvidas. Os cães com LVC apresentaram marcante estresse oxidativo e aumento da concentração e expressão de HO-1, obtendo-se correlação positiva entre HO-1e estresse oxidativo e IL-10 de acordo com o tecido analisado. A inibição de HO-1 aumentou a taxa de proliferação celular na presença de antígeno solúvel de L. infantum, enquanto a indução de HO-1 diminuiu a taxa de proliferação antígeno-específica e aumentou a taxa de infecção macrofágica e o número de amastigotas por macrófago. Conclui-se que o aumento do metabolismo da HO-1 observado na LVC está associado ao estresse oxidativo presente nesses cães e pode ser um dos mecanismos envolvidos na inibição da resposta linfoproliferativa e perpetuação da infecção, com inibição da atividade microbicida macrofágica.