Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Félix, Cristian Santos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/295775
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Resumo: |
Esta pesquisa, conduzida no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional - PROEF, na Faculdade de Ciências e Tecnologias “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, teve como objetivo analisar os efeitos dos jogos cooperativos na motivação dos alunos em aulas de Educação Física, fundamentando-se na Teoria da Autodeterminação (TAD). O estudo envolveu 103 alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola pública e utilizou uma abordagem mista, combinando métodos quantitativos e qualitativos. A intervenção ocorreu entre julho e setembro de 2024, compreendendo 10 aulas estruturadas divididas em 5 blocos de duas aulas sequenciais. Cada bloco utilizou um jogo cooperativo específico, visando atender às necessidades psicológicas básicas (NPBs) da TAD: autonomia, competência e pertencimento. Os blocos foram organizados da seguinte forma: Bloco 1 – Pega Corrente: Introdução aos jogos cooperativos e sensibilização sobre cooperação. Bloco 2 – Corrente Sem Fim: Desenvolvimento da comunicação e sincronização entre os alunos. Bloco 3 – Centopeia com Bambolê: Redução do medo de julgamento e fortalecimento do senso de equipe. Bloco 4 – Lençolbol: Aumento da percepção de competência e trabalho coletivo estratégico. Bloco 5 – Vôlei Infinito: Consolidação dos conceitos trabalhados e reflexão final sobre a experiência. O estudo utilizou um questionário estruturado baseado em Kobal (1996), aplicado pré e pós-intervenção para avaliar os níveis de motivação intrínseca e extrínseca dos alunos. O instrumento era composto por três questões fechadas, com 32 afirmações, sendo 16 relacionadas à motivação intrínseca e 16 à motivação extrínseca, distribuídas entre elas. As respostas foram registradas em uma escala Likert de 0 a 5, permitindo mensurar a percepção dos alunos sobre o envolvimento, o prazer e a importância das aulas de Educação Física. A análise comparativa dos dados possibilitou a identificação de mudanças na motivação dos participantes após a intervenção. Os resultados quantitativos demonstraram aumento na motivação intrínseca e redução na motivação extrínseca. Antes da intervenção, a média da motivação intrínseca era 3,65 (1ºA), 3,73 (1ºB) e 3,54 (1ºC), subindo para 3,70, 3,76 e 3,58 após a intervenção. Já a motivação extrínseca caiu de 3,48 (1ºA), 3,69 (1ºB) e 3,28 (1ºC) para 3,38, 3,51 e 3,23, respectivamente. Os dados qualitativos indicaram melhoria na percepção do ambiente das aulas, com redução do medo de julgamento, maior engajamento de alunos menos participativos e fortalecimento do senso de pertencimento. Os achados sugerem que os jogos cooperativos podem tornar as aulas de Educação Física mais motivadoras e inclusivas. Entretanto, os resultados não podem ser generalizados, sendo recomendadas pesquisas futuras que explorem essa abordagem em diferentes contextos escolares e esportivos, além de comparações entre jogos cooperativos e competitivos. |