As comunas como a estratégia de transição ao socialismo na Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Borges, Vanessa Aguiar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204443
Resumo: A Venezuela é um país de economia capitalista dependente, marcado pela dependência da renda petroleira. Desde 1998, com a eleição de Hugo Chávez para a presidência e depois, em 2013, de Nicolás Maduro, o país vive um processo que os chavistas chamam de Revolução Bolivariana. Tal revolução a partir de 2005 se alude de caráter socialista. Buscando estabelecer um processo de transição ao socialismo, criou-se, com mecanismos legais e de implementação direta, o que foi denominado de Nova Geometria do Poder, na qual as comunidades passam a ser organizadas em Conselhos Comunais e em Comunas. Atualmente existem 3254 Comunas registradas na Venezuela, com diferentes graus de organização e desenvolvimento. As Comunas estão organizadas tanto no espaço urbano quanto no rural. Com esta pesquisa, buscamos estudar o papel das Comunas na construção do socialismo, tanto do ponto de vista teórico, confrontando com as formulações existentes a partir das experiências socialistas e de transição ao socialismo do século XX, como na perspectiva prática. Para isso trabalharemos com o estudo de caso da Comuna El Maizal localizada no estado Lara e o da Comuna El Panal 2021 em Caracas. A pesquisa tem por objetivo central compreender a estratégia de construção do socialismo na Venezuela por meio da territorialização das comunas e da comunalização dos territórios, buscando observar e avaliar o aporte organizativo e produtivo na luta pela conquista de poder empreendido por estas comunas, passando pela sua relação com o Estado e pelo processo de construção de um movimento comunero em nível nacional, a Unión Comunera.