Revolução bolivariana e ofensiva socialista na Venezuela

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Scartezini, Natalia [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/98972
Resumo: Este trabalho é um estudo a respeito da Revolução Bolivariana na Venezuela. Para concretizálo partimos da configuração político-social da década anterior quando as políticas neoliberais foram implementadas de maneira sistemática, acentuando déficits sociais históricos e gerando grandes mobilizações populares, como o Caracazo ocorrido em 1989. Foi neste contexto histórico que emergiu o movimento bolivariano, sob liderança de Hugo Chávez, como uma alternativa à ordem estabelecida. Em um primeiro momento, a Revolução Bolivariana se concentrou na realização de reformas de conjuntura buscando amenizar os efeitos das políticas neoliberais. Porém, com o desenvolvimento e amadurecimento do processo, as reformas transcenderam a conjuntura e passaram a tocar na estrutura da sociedade venezuelana. Hugo Chávez foi reeleito em 2005 com a promessa de conduzir o país rumo à construção do socialismo. Propostas como a consolidação de instâncias de democracia direta e de controle dos meios de produção pelos trabalhadores associados vieram à tona e passaram a ser concretizadas. Entendemos que tais experiências, ainda que incipientes, tocam em dois pontos fundamentais do sistema sociometabólico do capital: o Estado e o trabalho assalariado. É por este motivo que consideramos a Revolução Bolivariana como aquilo que István Mészáros conceituou como “ofensiva socialista”: um processo de transformações estruturais engendrado por um movimento de massas que constrói condições objetivas e subjetivas para um enfrentamento ao capital e para a consolidação duradoura de uma ordem sociometabólica alternativa. Assim, buscamos apontar neste trabalho como ocorreu a construção da ofensiva socialista venezuelana