Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rodarte, Vitória Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/244076
|
Resumo: |
A Ordem de Cister, fundada na França no século XII e baseada na observância austera da Regra de São Bento, foi amplamente difundida no ocidente europeu e foi bem aceita sobretudo nos reinos Ibéricos. Em Portugal no século XV, a rede de mosteiros, com sua estrutura hierarquizada e uma intensa atividade agrícola, pastoral e cultural, assume como uma das suas ações os cuidados com a saúde dos indivíduos; o que se encontra documentado, entre outras fontes, nas cartas resultantes de visitas de inspeção e reforma empreendidas por abades comendatários. Atentando para os cuidados relativos à saúde e para as técnicas de tratamento de enfermidades e pestilências, em associação com as recomendações moralizantes do clero secular e regular, este trabalho propõe uma reflexão sobre os lugares onde as práticas de cuidado com o corpo ocorriam e os tipos de cuidados que eram correntes, levando em consideração a combinação entre a dimensão individual, espiritual e física, e a dimensão coletiva, relativa à vida comunitária, ou melhor, ao corpo monástico. A partir da análise de documentos basilares cistercienses, copiados e traduzidos para a língua vernácula em mosteiros portugueses da ordem, assim como das referidas cartas de visitação, propomos interrogar quais eram as preocupações e as práticas respectivas a esses dois corpos, o individual e o monástico, nestas casas-monásticas cistercienses portuguesas e quais eram os agentes impulsionadores de tais cuidados, inspirados pela cúpula cisterciense francesa, mas adaptados à realidade portuguesa. Interessa-nos examinar o período em que se intensifica a intervenção régia em tais mosteiros no século XV e em que se efetiva a separação entre a cúpula francesa e os mosteiros Ibéricos, com a culminância, no caso português, da Congregação Autônoma de Santa Maria de Alcobaça, no Quinhentos. |