Análise temporal da ocorrência da anemia infecciosa equina no Brasil no período de 2005 a 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Ana Maria Paes Scott da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180494
Resumo: A equideocultura possui grande importância econômica no Brasil, e a anemia infecciosa equina (AIE) representa ameaça para o crescimento do setor. Pouco se sabe sobre análise temporal da ocorrência da doença no Brasil, por isso este trabalho foi conduzido com o objetivo de investigar a frequência e distribuição da anemia infecciosa equina em todo o território brasileiro no período de 2005 a 2016, por meio das análises temporais do índice de morbidade, índice de eliminação de reagentes, razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes, índice de notificação de focos e índice de focos novos e antigos ao longo do período. Foi realizada uma análise de série temporal sobre AIE no período de 2005 a 2016, utilizando dois bancos de dados, o da OIE e o do MAPA. No Brasil, 2010 foi o ano que apresentou o menor índice de morbidade de AIE, com 100,9 casos por 100 mil cabeças, e 2009 apresentou o maior índice, com 159,1 por 100 mil cabeças, e a taxa de variação anual no período foi de -2,4% (-7,5% a 2,8%), revelando estabilidade desse indicador (P = 0,317). O índice de eliminação de reagentes por AIE no Brasil foi maior em 2010, com 62,7 por 100 mil cabeças, e menor em 2016, com 32,1. Durante todo o período estudado, a variação anual no país se mostrou estável, com valor de -6,1% (-18,2% a 7,8%) e valor de P não significativo (0,333). A razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes por 100 equídeos foi baixa em quase todas as UF’s e regiões. Os índices de notificação de focos no Brasil se apresentaram estáveis (P = 0,050) durante todo o período, com taxa de variação anual de -6,4% (-13,0 a 0,0). Os índices de focos novos e antigos nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016 sugerem crescimento em quase todos os estados. O programa é capaz de mapear a situação sanitária em determinadas circunstâncias delimitadas, mas para avançar seria necessário implementar mudanças na estratégia de ação de modo a alcançar melhores resultados no controle e na previsibilidade para uma possível erradicação da doença. Concluiu-se então que a frequência e distribuição da AIE entre 2005 e 2016 no Brasil permitiu caracterizar como estáveis em âmbito nacional os seguintes índices: índice de morbidade, índice de eliminação de reagentes, razão entre o número de equídeos eliminados e o número de equídeos reagentes e índice de notificação de focos; sugerindo uma estabilização do Programa Nacional de Sanidade Equina (PNSE) durante o período estudado.