Toxicidade de indoxacarbe em duas populações de Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lemes, Amanda Aparecida Fernandes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MIP
IPM
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152122
Resumo: Um dos principais problemas para o cultivo de brássicas é o dano causado pela traça-das-crucíferas, Plutella xylostella (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Plutellidae), o que implica na aplicação de grandes volumes de agrotóxicos. Diversos inseticidas são empregados no controle de P. xylostella. Indoxacarbe foi o primeiro inseticida bloqueador de canais de sódio comercializado, com mecanismo de ação diferente do DDT e dos piretroides, apresentando várias vantagens, como baixa toxicidade aos organismos benéficos. Porém, aplicações frequentes de inseticidas para controle de P. xylostella, combinado com fatores biológicos da praga, podem favorecer a seleção de indivíduos resistentes. Até o momento, P. xylostella desenvolveu níveis de resistência a 95 ingredientes ativos, existindo na literatura mais de 55 relatos de resistência para o indoxacarbe, em sete países de diferentes continentes, inclusive no Brasil. Nesse sentido, este estudo objetivou determinar os efeitos subletais e residuais do indoxacarbe em duas populações de P. xylostella, sendo uma coletada no campo e outra de laboratório (suscetível), avaliando e comparando a toxicidade desse inseticida em diferentes concentrações e analisando o comportamento destas duas populações e assim formar uma base teórica para melhorar o manejo desta praga. Foram realizados bioensaios com duas populações (PC- de campo e PL- de laboratório-suscetível) de P. xylostella com o inseticida indoxacarbe na dose comercial (100mg.L-1), avaliando os efeitos residuais do produto 1, 3, 7, 14 e 21 dias após a aplicação. Também foi estimada a CL50 e avaliados os efeitos subletais desse produto aplicado e avaliado após 48 h utilizando-se as concentrações subletais de CL5 (0,37 e 1,01 mg.L-1), CL15 (0,87 e 2,06 mg.L-1) e CL25 (1,44 e 3,16 mg.L-1) para as populações PL e PC, analisando-se algumas características biológicas das populações. A dose comercial de indoxacarbe pulverizada em plantas de couve matou todas as larvas com 1 dia e 3 dias após a aplicação. Os bioensaios de imersão foliar mostraram que o indoxacarbe apresentou alto nível de toxicidade para as lagartas de P. xylostella e os valores de CL50 foram de 3,7 e 6,9 mg.L-1 para a população suscetível e de campo, respectivamente. Os efeitos subletais foram indicados por menor sobrevivência larval e pupal e diminuição das taxas de sobrevivência da prole, devido ao efeito crônico do inseticida para ambas as populações. Houve também um aumento no consumo foliar e diminuição na sobrevivência de adultos na população suscetível e diminuição da fecundidade na população de campo. Os valores médios das taxas reprodutiva líquida (R0), intrínseca de aumento (rm) e de crescimento finito (Λ) foram significativamente menores nos tratamentos do que no grupo controle para ambas as populações. Houve diferença significativa entre as respostas das duas populações. O indoxacarbe mostrou-se eficaz contra P. xylostella, sendo que suas concentrações subletais influem negativamente nas características biológicas do inseto.