Prospecção de elicitores derivados de patógenos visando o controle da mancha bacteriana do tomateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Simões, Camila Tonelotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194189
Resumo: As plantas são capazes de reconhecer moléculas derivadas de patógenos e desencadear a resistência sistêmica adquirida (SAR). Em bactérias fitopatogênicas, os elicitores são componentes constitutivos de estruturas celulares, como flagelos e lipopolissacarídeos (LPS). Assim, buscou-se selecionar componentes estruturais de Xanthomonas spp. incompatíveis ao tomateiro, visando controle da mancha bacteriana (Xanthomonas perforans). Inicialmente, suspensões de células de 11 isolados de Xanthomonas spp foram infiltradas nas folhas para avaliação da capacidade de ocasionar reação de hipersensibilidade (HR), e as incompatíveis, tiveram o LPS e flagelos purificados. O LPS dos isolados foi aplicado em diferentes concentrações nas plantas, via pulverização e infiltração e após 24 h, X. perforans foi inoculada. Avaliaram-se reações de arroxeamento ou amarelecimento muito evidente, tênue ou nenhuma reação ao redor da área infiltrada. Nenhum tratamento via pulverização apresentou reação visível, enquanto via infiltração, os isolados CPATU XANS 29, CNPA 329, XapSP, XapRR foram os que mais promoveram a visualização da reação, indicando reconhecimento pela planta do elicitor infiltrado. Com base nos resultados, um experimento com estes isolados foi feito para avaliar o número de sítios de infecção, na concentração 5,3 μg mL-1 (1D), aplicados via pulverização, solo e infiltração. XapSP apresentou maior redução dos sítios de infeção quando aplicado via solo. Uma segunda repetição do experimento foi feita, porém, avaliando severidade da doença e XapSP também apresentou melhores porcentagens de redução de severidade, via solo. Com esses resultados, um terceiro experimento foi conduzido, com o isolado XapSP, aplicado via solo, visando avaliar severidade, teor de clorofila e a atividade das enzimas peroxidase (PO), polifenoloxidase (PPO). Quanto à severidade, a AACPD foi reduzida em 45% e, em relação ao teor de clorofila, até o 4º dia não foi observada diferença significativa entre os tratamentos, e até os 14 dias, o LPS + X. perforans, LPS sozinho e X. perforans sozinha não apresentaram diferenças entre si. Quanto à atividade de PO, no tratamento LPS + X. perforans inoculada, apresentou um aumento gradativo, que se manteve durante os 15 dias de avaliação. No entanto, a concentração de PPO foi acentuada somente nos primeiros três dias após inoculação e reduzida em seguida. Posteriormente, experimentos com flagelos de cada isolado foram conduzidos. Os flagelos dos isolados foram aplicados, primeiramente, em diferentes concentrações, via infiltração e pulverização e a X. perforans inoculada após 24 h, para avaliar se haveria alguma reação danosa, o que não foi observado em nenhum tratamento. Conduziu-se, então, um segundo experimento para avaliação de severidade com todos os isolados, na concentração 8,35 μg mL-1 (1D), via pulverização, infiltração e solo. Maior redução na ACCPD foi no tratamento com XapRR, aplicado via pulverização. A prospecção de elicitores é o primeiro passo para desenvolver um produto para uso agrícola, e assim, o elicitor componente celular LPS de XapSP e flagelos de XapRR são promissores e passíveis de produzir essas moléculas em grande escala.