Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Tamara Renata Machado [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150987
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Resumo: |
A sinalização química é o mecanismo através do qual bactérias patogênicas interagem com o hospedeiro e sua microbiota, de modo a promover a regulação dos seus mecanismos de virulência. O estudo da sinalização química, em bactérias entéricas, do sistema de 2-componentes QseBC via autoindutor-3 (AI-3), epinefrina (Epi) e norepinefrina (NE), tem aberto perspectivas para desvendar novos mecanismos. Escherichia coli O104:H4 possui características fenotípicas clássicas de E. coli enteroagregativa (EAEC) e se apresenta positiva para toxina de Shiga, encontrada em cepas de E. coli enterohemorrágica (EHEC). A presença dessa toxina pode levar o hospedeiro ao desenvolvimento de complicações mais graves, como a síndrome hemolítica urêmica (SHU). Dessa forma, essa combinação se torna altamente perigosa e patogênica a humanos, conforme observado no surto epidêmico em 2011 na Europa. O presente estudo teve como objetivo investigar a sinalização química e os mecanismos de patogenicidade em EAEC O104:H4 C227-11, já descritos em EAEC e EHEC, bem como buscar mecanismos ainda não elucidados na literatura. Comparada com cepas protótipos de E. coli diarreiogênicas, os resultados demonstraram que a cepa C227-11 possui um fenótipo de adesão e formação de biofilme acentuados. Em meio ácido, apresentou mais robustez na sobrevivência e maior motilidade em relação à EAEC 042. Também foi possível observar que o nível de expressão gênica para qseC apresentou-se semelhante ao de EHEC e exerce um importante papel na ativação da expressão de fatores de virulência, evidenciando, desse modo, a sua possibilidade de participação em mecanismos relacionados. Em ensaio in vivo, foi observada uma considerável variação na microbiota frente à C227-11, bem como foram reveladas diferenças significativas entre as demais EAEC, que, em sua maioria, não apresentaram grandes alterações no decorrer dos dias analisados, com predominância do Filo Bacteroidetes em relação ao Filo Firmicutes. Concluiu-se que seu perfil acentuado de adesão e sua elevada tolerância ao meio ácido provavelmente contribuíram para o estabelecimento da patogênese durante o período de surto. Tendo em vista o resultado da expressão gênica de qseC, cabe salientar a importância da investigação dessa e de outras vias de sinalização em EAEC O104:H4 Stx+, assim como de sua interação com a microbiota, de modo não apenas a compreender a relação patógeno-hospedeiro, como também contribuir para o desenvolvimento de terapias futuras. |