Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cruz, Andreza Nunes Real da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/143081
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Resumo: |
Na escola bilíngue, alunos surdos e professores ouvintes estão junto para construir seus processos de ensino e aprendizagem. A análise desta relação ao longo dos anos revela um histórico de dominação e controle cultural. Hoje, dentro do bilinguismo, é possível dizer que trabalhamos para a emancipação dos alunos surdos, considerando seu ponto de vista na concepção do currículo? No ensino de arte, como essa relação entre professor ouvinte e alunos surdos influencia os resultados na fruição e produção de arte em sala de aula? Diante destas questões, foi conduzida esta pesquisa, que teve como objetivo investigar o exercício de ambos os papéis em interação, através de um estudo de caso e à luz do referencial teórico. Foi analisado o desenvolvimento de duas propostas de planos de aula, da quais a primeira, chamada “Humanos e heróis – Possibilidades de leituras de imagem”, foi baseada nos processos de leitura de imagens realizados por uma turma de alunos surdos do 7º ano, usuários de Língua Brasileira de Sinais, nas aulas de arte, e a segunda, intitulada “Vibração: percepção de ritmos”, que teve como objetivo o ensino e aprendizagem do ritmo, pela participação efetiva dos estudantes em processos criativos voltados a experimentação desse elemento através do modo de vibração de um telefone celular. Com estas ações, buscou-se compreender os processos de significação da experiência visual do surdo na aprendizagem de arte, a partir de sua construção cultural. Ao mesmo tempo, avaliou-se a postura do professor ouvinte e seu constante movimento de construção e desconstrução de expectativas sobre seus alunos, sobre suas aulas e sobre si mesmo, enquanto busca propor planos de aula ajustados à realidade do aprendiz, não à sua própria. Reconhecendo no surdo a potência da construção de conhecimento e buscando modelos culturais para os alunos, foi possível reconstruir parte do percurso de luta social dos movimentos surdos permeados pela produção artística, que veio a ser reconhecida no movimento De’Via e seu manifesto sobre arte produzida por e para este público. Concluiu-se que professor e alunos adentram a sala de aula com suas experiências particulares e que a aula de arte acontece no encontro desses saberes, no diálogo entre eles. Também, que a experiência visual do surdo deve ser explorada nas aulas de arte, embora ela não seja, por si só, o recurso principal para a construção de sentidos na interpretação da imagem. É preciso considerar e incentivar a ampliação do repertório dos alunos, de onde eles tomarão as bases para novos aprendizados. |