Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Morais, Fernando Luís de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180943
|
Resumo: |
O propósito deste trabalho é o estudo da intersecção entre raça/etnia e gênero, mais especificamente identidades negras-gay masculinas, construídas a partir dos poemas de autoria de Thomas Grimes, compilados na antologia Milking Black Bull: 11 Gay Black Poets [Tirando leite de touros negros: 11 poetas negros-gay] (1995). Interessa-nos verificar como esse cruzamento de múltiplas instâncias identitárias se adensa, ganhando corpo e voz nos poemas, instigando visões mais plurais e desbravando leituras mais ajustadas da identidade negra-gay masculina, secularmente sufocada, suprimida e subjugada ao anonimato e ao ostracismo por/em uma sociedade pronunciadamente branca e cis-heteronormativa. Defendemos a hipótese de que Grimes usa a escrita de modo a revolver as raízes íntimas daqueles que carregam o peso opressor de um fardo, no mínimo, duplo: serem negros e gays; sujeitos que, hostilizados pelo racismo e pela homofobia, fazem frente ao autoritarismo agenciador de estereotipias heteronormativas e raciais, perseguindo, ao mesmo tempo, a extenuante tarefa de encontrar um chez soi, um lugar ao qual possam pertencer. As reflexões aqui propostas estão em consonância com as analíticas queer e quare e com as perspectivas críticas que concebem o sujeito como performativo e reivindicador de posições e o processo de construção identitária como um mosaico provisório. O aparato teórico sob o qual este projeto está embasado e sustentado abarca, portanto, obras como as de Bauman (2001, 2005), Butler (2000, 2002, 2008, 2016), Crenshaw (1995), Hall (2003, 2005), Hooks (1995, 2001), Jagose (1996), Johnson (2005), Wilchins (2004) e Woodward (1997). |