Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Romilda Pinto da
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Orientador(a): |
Melo, Glenda Cristina Valim de
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Banca de defesa: |
Pinto, Joana Plaza
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Manzano, Luciana Carmona Garcia
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/682
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Resumo: |
De acordo com Giddens (1991), a Modernidade Reflexiva é um momento de reflexividade sobre nós mesmos, uma característica que define a ação humana nas práticas sociais e nos corpos considerados abjetos tradicionalmente legitimados pelos ideais modernistas. Esta pesquisa pretende analisar as performances discursivas de raça, gênero e sexualidade em um desabafo gravado por uma mulher negra, divulgado no canal YouTube, ao tecer críticas sobre a minissérie de televisão intitulada “Sexo e as Negas”. Além disso, propõe, especificamente, identificar as ordens de indexicalidade de raça, gênero e sexualidade mobilizadas nas performances discursivas de Dandara. Neste estudo, optamos pelo vídeo de uma mulher negra, advogada e de classe média porque, segundo dados do IBGE, há poucas mulheres negras ocupando cargos de destaque, pelos quais recebem os piores salários do mercado já que se situam no nível mais baixo da pirâmide social (MELO; MOITA LOPES, 2013). Para realizar esta investigação, consideramos a linguagem como atos de fala performativos na perspectiva de Austin (1962) e Derrida (1972), que afirmam que ao proferir, produz-se. Derrida acrescenta, ainda, que os atos de fala performativos ganham a ideia de substância pela iterabilidade e pela citacionalidade. Embasamo-nos, também, nas concepções de raça, gênero e sexualidade como construções sociais, históricas, discursivas e performativas segundo as Teorias Queer (LOURO, 2000; BUTLER, 1990/2014; BARNARD, 2004; MELO; MOITA LOPES, 2013). Quanto à metodologia, o construto teórico-analítico se ancora na concepção de ordem de indexicalidade proposta por Blommaert (2010), e o material de geração de dados é o desabafo de Dandara, em forma de vídeo, veiculado no YouTube. Para a análise das performances discursivas e das ordens de indexicalidade, fazemos uso dos índices linguísticos sugeridos por Silverstein (1985), nos quais foram inseridas as categorias de Wortham (2001). A presente pesquisa aponta para várias performances discursivas, tais como, mulher negra bem sucedida, contestadora de estereótipos que inferiorizam as mulheres negras, e mobiliza diversas ordens de indexicalidade, dentre elas: profissão de prestígio, referências que inferiorizam a mulher negra, representatividade positiva da mulher negra. |