Estudo geoquímico e cronológico (Pb-210) de sedimentos da Bacia Hidrográfica do Rio Alambari em São José Dos Campos (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, João Pedro Massari de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216013
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo geoquímico e cronológico (Pb-210) de sedimentos coletados no Rio Alambari, no Município de São José dos Campos, Estado de São Paulo. O rio se situa nas adjacências da Refinaria Henrique Lage (Revap - Petrobras). Foram realizados 4 trabalhos de campo, sendo que na quarta campanha foram coletados três testemunhos indeformados, um a montante da refinaria e dois a jusante da refinaria, a fim de se observar a influência da Revap nos sedimentos do Rio Alambari. A partir dos sedimentos coletados foram realizados experimentos de perda ao fogo (LOI), granulometria, determinação da idade dos sedimentos a partir do modelo Constant Rate of Supply (CRS) e determinação da taxa de sedimentação. A partir dos dados obtidos foram realizadas correlações entre as diferentes variáveis analisadas. A análise granulométrica denotou que a maior parte dos sedimentos apresentam tamanho areia e foi notado que o aumento na quantidade dos sedimentos de tamanho silte e argila é diretamente proporcional ao aumento da perda ao fogo (LOI). A determinação da idade dos sedimentos e da taxa de sedimentação foi realizada através do método CRS e se identificou que o sedimento mais antigo se encontra na amostra do ponto 1 com cerca de 74 anos, a montante da refinaria, enquanto as amostras 2.1 e 2.2 se situam a jusante da refinaria. Já na Amostra do ponto 2.1, os sedimentos mais antigos da amostra se depositaram há 34 anos, por volta do ano de 1986. As taxas de sedimentação média variaram entre 0,363 g/cm².ano e 1,68 g/cm².ano. A sílica foi identificada como o principal constituinte em todos os três testemunhos analisados, com concentrações médias variando entre 41,63% e 82,58%. Foi notada uma correlação inversamente proporcional entre a sílica e os óxidos de alumínio, ferro e titânio. Por meio da espectrometria de fluorescência de raios X foram identificados elementos que podem ser associados ao petróleo e seus derivados, como paládio, níquel e vanádio, que podem indicar uma eventual influência da refinaria sobre a bacia do Rio Alambari. A presença desses elementos possivelmente indica a contaminação do Rio Alambari e de seus sedimentos por efluentes ou vazamentos advindos de contaminantes da Refinaria Henrique Lage (Revap). O paládio, níquel e vanádio encontrados a jusante da refinaria possivelmente indicam a correlação com contaminantes de derivados de petróleo vindos da Revap, que se sedimentaram junto dos sedimentos a jusante. Tais elementos são importantes para correlacionar as diversas contaminações que já ocorreram provenientes da Refinaria Henrique Lage com os sedimentos depositados ao longo do Rio Alambari.