Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Benetti, Francine [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153666
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Resumo: |
Introdução: Através de modelo experimental caracterizado por nosso grupo de pesquisa, e protocolo clareador adaptado, verificamos que o peróxido de hidrogênio (H2O2) contido no gel clareador pode gerar efeitos ao tecido pulpar, que ainda não estão completamente compreendidos. Outros estudos mostram uma indução à mineralização, levando à posterior calcificação de grande parte do tecido pulpar e à formação de nódulos. Objetivos: Os objetivos deste trabalho foram divididos em duas etapas: 1 – Verificar os efeitos do H2O2 na expressão de marcadores da mineralização no tecido pulpar, por meio da imunomarcação de osteocalcina (OCN) e osteopontina (OPN); e a presença de resposta celular específica ao estresse oxidativo, por meio de imunomarcação com anticorpo para espécies reativas de oxigênio (EROs); 2 – Determinar a capacidade de resposta ao estresse oxidativo gerado pelo H2O2 no tecido pulpar, por meio da imunomarcação de Heme-oxigenase-1 (HO-1); investigar os efeitos do gel clareador sobre a diferenciação odontoblástica, por meio da imunomarcação do fator de transcrição Jun-D; e a influência do estresse oxidativo gerado pelo H2O2 na identificação de células-tronco mesenquimais (CTMs) do tecido pulpar, por meio da técnica de imunofluorescência, com identificação concomitante de positividade celular para CD90, CD73, CD105 e negatividade para CD45. Materiais e métodos: Foram utilizados 60 ratos Wistar que tiveram os molares superiores direitos ou esquerdos clareados com 0,01 mL de H2O2 35%, em uma aplicação de 30 minutos, de forma randomizada. Os molares do lado não clareado serviram de controle. Após 0 horas, 2, 3, 7, 15 e 30 dias (n=10), os animais foram mortos e as maxilas processadas para avaliação histológica, imunoistoquímica (OCN, OPN, EROs, HO-1 e Jun-D) e de imunofluorescência (CD90, CD73, CD105, CD45). Os resultados foram submetidos a testes estatísticos específicos (p<0,05). Resultados: No tempo de 0 horas, houve necrose em toda a polpa coronária (p<0,05), e aos 2 e 3 dias, no terço oclusal (p<0,05); aos 7, 15 e 30 dias, não houve inflamação, assim como no controle (p>0,05). Dentina terciária estava presente aos 7 dias, aumentando em 15 e 30 dias (p<0,05). Em relação aos marcadores de mineralização, OCN foi ausente imediatamente após procedimento clareador, aumentando ao longo dos períodos, se tornando significativa aos 15 e 30 dias (p<0,05); OPN apresentou maior imunomarcação aos 7 e 15 dias no grupo clareado (p<0,05). A imunomarcação de EROs foi significativa em todos os terços da polpa coronária no grupo clareado aos 7 e 15 dias, e no terço cervical aos 2 e 30 dias, comparada ao controle (p<0,05). HO-1 revelou maior imunomarcação no grupo clareado nos terços médio e cervical da polpa coronária aos 2 e 3 dias, em todos os terços aos 7 dias, e no terço oclusal aos 15 dias, quando comparado ao grupo controle (p<0,05). Imunomarcação nuclear para Jun-D foi significativa no grupo clareado no terço cervical da polpa coronária aos 2 e 3 dias, e nos terços oclusal e médio aos 7 dias, quando comparado ao grupo controle (p<0,05), reduzindo nos demais períodos (p>0,05). Poucas células CD90+/CD73+/CD105+/CD45- foram observadas no tecido pulpar do grupo controle e do grupo clareado em todos os períodos de análise (p>0,05). Conclusões: Pode-se concluir que: 1 – A redução da inflamação e o processo de reparo pulpar após procedimento clareador está associado com o aumento de OCN, e OPN participa durante o processo de reparo; EROs está presente no processo de defesa celular contra o estresse oxidativo decorrente do H2O2. 2 – As células pulpares apresentam capacidade de resposta ao estresse oxidativo expressando HO-1 nos períodos onde há inflamação, até o início do reparo; Jun-D é presente no tecido pulpar durante a redução do processo inflamatório e início da produção de dentina terciária; a presença de estresse oxidativo não influencia o número de células CD90+/CD73+/CD105+/CD45- identificadas in vivo no tecido pulpar. |