O estatuto morfossintático, semântico e pragmático dos verbos em construções apresentacionais não-existenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Sergio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183331
Resumo: Esta tese consiste em uma análise dos verbos do português brasileiro em estruturas apresentacionais não-existenciais, que são estruturas que ocorrem em ordem V+SN. A tese é orientada pelos preceitos de teorias funcionalistas, mais precisamente pela Gramática Funcional, de Dik (1997), pela estrutura da informação, de Prince (1981), pela classificação semântica dos verbos de Borba (1990, 1996) e pela ordem dos constituintes no português do Brasil proposta por Pezatti (2012a, 2014). Para a realização do estudo, utilizou-se um córpus de língua oral, com 48 entrevistas, nas quais foram levantadas ocorrências com estruturas verbais construída em ordem V+SN. Foram utilizados três critérios para a análise dessas estruturas: o critério morfossintático, no qual se verificou o grau de concordância entre o verbo e o SN posposto ao verbo, e a possibilidade de alteração da ordem V+SN; o critério semântico, no qual se verificou a classificação semântica e o aspecto do verbo, o papel e os traços semânticos do SN posposto, bem como o tipo de entidade representada por ele; e o critério pragmático, no qual se verificou o estatuto do informacional do SN posposto. Partindo da hipótese de que os verbos que compõem estruturas apresentacionais nãoexistenciais não compõem um grupo homogêneo, procurou-se investigar como se constroem as estruturas formadas por esses verbos e como cada verbo identificado no córpus se comporta morfossintática, semântica e pragmaticamente. A análise dos dados resultou na identificação de quatro tipos de estruturas apresentacionais: construção apresentacional não-existencial focalizadora, construção apresentacional não-existencial com verbo pleno e SN obrigatoriamente posposto, construção apresentacional nãoexistencial com verbo funcional, e construção apresentacional não-prototípica.