Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Felipe de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/204271
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Resumo: |
Objetivou-se com esse estudo avaliar o impacto da combinação de manejo na transição secas-águas (pasto vs. confinamento) e estratégias nutricionais nas águas (suplemento mineral vs. suplemento proteico energético) sobre o desempenho de bezerros Nelore durante a recria e também na fase de terminação em confinamento. Foram utilizados 120 bovinos Nelores não castrados com 10 ± 1 meses de idade e peso corporal (PC) inicial de 173 ± 23 kg (ao início quatro animais foram abatidos para comporem o grupo referência). A recria foi dividida em transição secas-águas (dia 1 a 63) e águas (dia 64 a 244), e depois foi realizada a terminação (dia 245 a 385) em confinamento. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (PC inicial como fator de blocagem), em esquema fatorial 2 × 2, sendo o fator 1 manejo na transição secas-águas (pasto vs. confinamento) e o fator 2 estratégia de suplementação durante a recria no período das águas (suplemento mineral vs. suplemento proteico energético). Os tratamentos consistiram em: 1) bezerros a pasto recebendo suplemento proteico energético (5 g/kg PC)na transição e suplemento mineral (ad libitum) nas águas (PSM); 2) bezerros a pasto recebendo suplemento proteico energético (5 g/kg PC) na transição e suplemento proteico energético (3 g/kg PC) nas águas (PSPE); 3) bezerros em confinamento na transição e em pastagem recebendo suplemento mineral (ad libitum) nas águas (CSM); 4) bezerros em confinamento na transição e em pastagem recebendo suplemento proteico energético (3 g/kg PC) nas águas (CSPE). Ao final da recria foram abatidos 12 animais, um de cada lote para compor o grupo referência dos animais durante a recria e inicial do confinamento. Na terminação, os 104 animais remanescentes foram confinados por 141 dias, receberam a mesma dieta (sendo mantidos os mesmos lotes da recria) e ao final todos foram abatidos. O peso corporal, ganho médio diário (GMD), variáveis de pasto e parâmetros sanguíneos foram analisados como medidas repetidas no tempo. Não houve tripla interação entre os fatores e dias experimentais para nenhuma das variáveis analisadas (P ≥ 0,101). Ao final da transição secas-águas (dia 63) os animais confinados tenderam (P = 0,095) em ser 13,9 kg mais pesados que os animais do pasto e ao final da terminação os animais confinados na transição secas-águas foram 18,5 kg (P = 0,036) mais pesados que os animais do pasto. Do dia 63–91, os bezerros submetidos ao manejo pasto tiveram maior GMD (P < 0,001), em 0,284 kg/dia, quando comparados aos bezerros submetidos ao confinamento. Houve interação (P < 0,001) entre manejo na transição secas-águas e dias experimentais para altura e massa de forragem, o uso do confinamento como forma de manejo na transição secas-águas aumentou a altura do pasto em todos os dias experimentais com exceção do dia 13, pois esta foi a coleta inicial e aumentou a massa de forragem dos pastos nos seguistes dias experimentais 92, 144, 172, 200. Ocorreu interação entre manejo na transição secas-águas e dias experimentais para concetrações plasmáticas de albumina (P = 0,011) e aspartato aminotransferase (P = 0,013). Na terminação (dia 245 – 385), os animais que receberam a estratégia nutricional no período das águas de suplemento proteico energético (3 g/kg PC) tiveram maior peso de carcaça quente (P = 0,001) e maior ganho diário de carcaça (P = 0,001) comparado aos animias que receberam suplemento mineral. O uso do confinamento como manejo na transição secas-águas aumentou o consumo de matéria seca (P = 0,008) na terminação a partir da 6ª semana até o final. Animais que foram confinados na transição tiveram 0,95 kg/dia mais ganho de carcaça diário que os animais do manejo pasto (P = 0,016). A utilização do confinamento como manejo na transição secas-aguas altera a estrutura do dossel forrageiro sem alterar sua composição química. O uso do manejo de confinamento na transição secas-águas não altera o desempenho durante a recria, porém aumenta o peso corporal, o ganho diário de carcaça e tende em aumentar o peso de carcaça quente dos animais no final da terminação comparados a animais que foram empregados o manejo de suplementação proteico energética (5 g/kg PC) a pasto. |