A naturalização do racismo nos romances de José Lins do Rego: uma análise crítico-interpretativa das obras Menino de Engenho, Doidinho e Banguê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Lucinéia Alves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238525
Resumo: A presente tese traz uma análise crítico-interpretativa dos romances Menino de Engenho, Doidinho e Banguê, do escritor paraibano José Lins do Rego. Tal abordagem traz à luz aspectos discursivos, ignorados pela crítica, sobre as personagens negras dessas narrativas. Também se evidencia neste trabalho a naturalização do discurso racista presente em vários momentos das narrativas de José Lins do Rego. O racismo é normalizado pelos críticos e historiadores literários, pois estes não apontam a problemática quando fazem análise da obra do autor, ao contrário, destacam tão somente a memória e o regionalismo sem qualquer observação em relação à representação das personagens negras. Quando se faz a verificação, é de forma a normalizar a situação apresentada. Destarte, as análises dos romances partem das leituras dos teóricos que fundamentam o estudo da literatura sob a ótica da sociologia como Gregory Rabassa, David Brookshaw e Cuti. Além disso, para um aprofundamento de base literária, foram consultados os historiadores e críticos Alfredo Bosi, Massaud Moisés, Antonio Candido, João Luiz Lafetá, Aderaldo Castello e Luís Bueno. Já para a fundamentação teórica do racismo, e para uma leitura crítica das obras do escritor paraibano, percorreram-se os estudos de Sílvio Almeida, Francisco Bethencourt, Clóvis Moura, Adilson Moreira, Lilia Schwarcz, Lélia Gonzales, Gevanilda Santos e Martiniano J. Silva. Ao trabalho acrescentaram-se alguns ensaios de Gilberto Freyre, os quais foram discutidos e analisados de forma a confrontá-los com os romances de José Lins do Rego.