Modelos atômicos e tabela periódica: o uso da abordagem histórica como facilitadora da aprendizagem significativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lopes, Izabella Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192689
Resumo: Neste estudo apresentamos a aplicação de um texto didático, produzido pela pesquisadora, a respeito dos conceitos de modelos atômicos e tabela periódica. O material foi aplicado em um minicurso, no período vespertino para alunos da primeira série do Ensino Médio de uma Escola Técnica do interior de São Paulo. O minicurso “Mapeando Conhecimento: uma abordagem histórica sobre Modelos Atômicos e Tabela Periódica”, com carga horária de trinta horas, aplicado pela pesquisadora, contou com uma metodologia que envolveu o preparo de mapas conceituais e realização de entrevistas. Segundo Ausubel, Novak e Moreira, é fundamental analisar previamente aquilo que se vai ensinar, pois, nem tudo que se encontra em programas, livros e outros materiais didáticos do currículo é abordado em sala de aula, uma vez que o tempo é limitado. Aliás, a ordem na qual os principais conceitos aparecem nos materiais didáticos e programas, na maioria das vezes, não é a mais adequada para facilitar a interação do conhecimento prévio do aprendiz ao conceito apresentado. Dessa forma, a metodologia adotada no minicurso pretende justamente facilitar essa interação, através do uso de mapas conceituais preparados, também, pela pesquisadora, que no início das aulas, após os alunos elaborarem seus próprios mapas e após as entrevistas, irá introduzir o conteúdo do dia, apresentando os pontos principais e relacionando-o com o conteúdo visto no dia anterior. As entrevistas serão utilizadas para complementar a análise dos mapas conceituais, uma vez que é importante o aluno explicar os significados que atribuiu as relações conceituais as quais elaborou. Os mapas serão analisados a luz da Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel. Os critérios analisados nos mapas foram: organização do pensamento, para averiguar o raciocínio e dificuldades referentes a elaboração do mapa. Relações ou interrelações conceituais, que foram divididas nas categorias: válida, parcialmente válida e inválida. Hierarquias e ligações cruzadas, pois, de acordo com Novak, indicam diferenciação progressiva e reconciliação integrativa dos conceitos. Por fim, uma comparação entre mapas, com o objetivo de verificar indícios de aprendizagem significativa, foi realizada e obedeceu a sugestão de Novak para avaliar, quantitativamente, esses mapas. As análises mostraram uma melhoria gradual na elaboração de mapas conceituais, além, de ganhos em aprendizagem, perceptíveis, também, através das entrevistas. Apesar do uso de suas concepções alternativas em alguns momentos ao final do minicurso, houve um avanço em relação ao conhecimento que os alunos possuíam no início e o fato de não utilizarem ideias de forma literal para explicar seus mapas, no decorrer das entrevistas, evidencia que estão caminhando em direção a uma aprendizagem significativa.