Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Fernanda Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238000
|
Resumo: |
Estima-se que ¼ da população mundial tenha algum conhecimento da língua inglesa, o que a torna uma língua global utilizada tanto nas relações pessoais econômicas quanto na divulgação do conhecimento científico (RAJAGOLAPAN, 2005). Diante desse cenário, há uma demanda cada vez maior para se aprender inglês. No Brasil, além do grande número de escolas de idiomas, há um número crescente de escolas bilíngues com o objetivo de ensinar inglês para crianças cada vez menores. Essa pesquisa emerge, nesse contexto, da necessidade de compreender os processos de aquisição/aprendizagem de uma criança que desde os 15 meses de idade faz aulas particulares de inglês em uma escola de idiomas. O caso estudado tem características distintas dos contextos das escolas bilíngues e das escolas de idiomas, entre elas, pelo fato de a interação entre criança e professora e entre criança e funcionários da escola ocorrer sempre em inglês, de ser apenas uma criança na sala de aula e de haver uma proposta de interação mais próxima da criança, com atividades lúdicas etc. A partir da perspectiva dialógico-discursiva (BAKHTIN/VOLOSHINOV, 1995, DEL RÉ et al, 2014 a e b) e, ainda, considerando os gêneros do discurso em diálogo com a noção de formatos e atenção conjunta (BRUNER, 1975, 1985, 2007; RATNER e BRUNER, 1978) e a multimodalidade (CAVALCANTE e FARIA, 2015; CAVALCANTE, 2019), observamos e discutimos os elementos presentes na interação e na constituição desse sujeito, cujos pais são monolíngues, falantes do português brasileiro (PB). Para fins desta pesquisa e tendo em vista nossos objetivos, foram analisados os dados da criança entre 2;10 anos e 3;7 anos. A transcrição dos dados foi feita a partir das normas CHAT do programa CLAN, fornecido gratuitamente pela base de dados CHILDES (MACWINNEY, 2000). Os resultados mostram elementos presentes nessa interação que servem de apoio para que o processo de aquisição/aprendizagem da segunda língua aconteça. Os gêneros e os formatos alicerçam a entrada na L2 com uma interação muito próxima daquela da esfera familiar, com afetividade, proximidade entre a criança e a professora, liberdade de escolha etc. Além disso, os elementos multimodais ancoram essa interação possibilitando que a criança se posicione no discurso por meio deles desde o início, e que a professora se apoie neles para interagir na L2, fazendo ajustamentos nas suas intervenções, a fim de manter a atenção conjunta e de fazer a aula acontecer. Por fim, refletimos sobre a necessidade de uma (re)definição dos papéis das escolas bilíngues e das escolas de idiomas, visto que seus limites não se apresentam de maneira tão estanque como as teorias propõem. |