Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Wittmaack, Monica Carolina Nery [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/216293
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Resumo: |
As cirurgias laparoscópicas possuem vantagens conhecidas sendo amplamente utilizada na medicina humana, havendo tendência muito grande de redução dos procedimentos cirúrgicos abertos. Contudo, na medicina veterinária, esse avanço nas videocirurgias não ocorre da mesma maneira. As cirurgias minimamente invasivas ainda estão restritas a alguns centros, havendo poucas pesquisas que buscam o avanço das técnicas em pequenos animais. A colecistectomia laparoscópica (CL) é técnica cirúrgica minimamente invasiva recente na medicina veterinária. Estudos randomizados in vivo que avaliam diferentes métodos de divulsão e ligadura do trato biliar extra-hepático por laparoscopia comprovam benefícios aos pacientes. Sendo assim, o objetivo deste estudo randomizado foi relatar as complicações e os resultados perioperatórios de coelhos submetidos a três técnicas diferentes de CL. 30 coelhos foram divididos em 3 grupos. Grupo A (n = 10): técnica de CL iniciando-se pelo fundo da vesícula biliar (VB) em direção ao ducto cístico (Retrógada) pelo instrumento de dissecção Hook e aplicação de nó extracorpóreo para ligadura de ducto cístico. Grupo B (n = 10): técnica de CL convencional por pinça Maryland bipolar para dissecção da VB e Dispositivo Selante de Vasos (DSV- LigaSure ™) para selagem do ducto cístico. Grupo C (n = 10): técnica de CL convencional com utilização de DSV para dissecção da VB e DSV para selagem de ducto cístico. Os dados dos procedimentos cirúrgicos foram coletados e analisados (taxa de perfuração da VB, sangramento dos tecidos adjacentes à VB, tempo para dissecção da VB e tempo total de cirurgia). A função hepática: AST, ALT, FA, BT, BD, GGT e fibrinogênio foi avaliada no pré-operatório e nos dias 3,7 15 após a cirurgia. Avaliações ultrassonográficas seriadas foram realizadas no período pós-operatório a fim de se verificar ausência de extravasamento de bile e peritonite biliar. Alterações abdominais macroscópicas foram verificadas aos quinze dias de pós-operatório por meio da necropsia e o grau de aderências pós-operatórias foi classificado de 0 a 4. Amostras de fígado para avaliação histopatológica foram coletadas de todos os animais. Foi avaliada a presença de siderófagos e utilizada uma escala de 1 a 4 para o grau de fibrose, necrose e células gigantes. O grupo A apresentou um tempo de dissecção da VB maior do que os grupos B e C. A perfuração do VB e sangramento dos tecidos adjacentes ao VB foram semelhantes entre os grupos testados. Os níveis de GGT e ALP aumentaram (p≤0,05) no dia 3 pós-operatório no grupo A. No 15º dia pós-operatório, as enzimas voltaram aos valores pré-operatórios. A mediana de células gigantes, necrose, fibrose e proporção de siderofagos não foram influenciadas pelas técnicas de CL. Conclui-se que elevações transitórias em enzimas hepatocelulares de coelhos após CL podem ser uma observação benigna e podem não ter quaisquer características clínicas. O grupo A teve um escore de adesão maior do que os grupos B e C e foi associado à técnica menos previsível. A CL pode ser realizada por meio de diferentes técnicas, embora o uso de DSV seja altamente recomendado. |